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O adventismo é um movimento religioso cristão protestante iniciado no século XIX, dentro do contexto do Segundo Grande Reavivamento dos Estados Unidos, que salienta a crença na iminente segunda vinda de Jesus à Terra. [1]
O movimento começou com William Miller, fazendeiro, membro da Igreja Batista, cujos seguidores ficaram conhecidos como Mileritas. O adventismo surgiu após a interpretação bíblica de William Miller, de que Jesus voltaria na década de 1840, mais precisamente no ano de 1843 do calendário judaico, que equivalia, naquele ano a março/abril de 1843 a março/abril de 1844. Miller chegou a esta conclusão interpretando a profecia de Daniel 8:14: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" entendendo que no final do cômputo ocorreria a volta literal de Jesus. Isso porque ele e teólogos de sua época, enxergavam a Terra como o santuário, ao comparar Jesus como o cordeiro que sai de sua casa no Céu para morrer no santuário da Terra. Sendo a volta de Jesus e a purificação da Terra com fogo o cumprimento desta profecia. [1]
Os adventistas não eram, até então, um título de uma denominação religiosa, mas grupos de várias denominações como: Batistas, Metodistas, Conexão Cristã, etc. que professavam, naquele tempo, a proximidade da volta de Jesus, unindo-se ao pregador William Miller.
A família de igrejas adventistas são consideradas como protestantes conservadoras.[2] Hoje, a maior igreja dentro do movimento é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora tenham muito em comum, como uma hermenêutica voltada à escatologia, a teologia delas diferem em vários aspectos como o estado inconsciente dos mortos, ao castigo no fim dos tempos dos ímpios, natureza da imortalidade, regulações dietárias, guarda do sábado, a ressurreição dos ímpios e a divergência do santuário de Daniel 8, se ele se refere ao que está no céu ou ao santuário da Terra.[3]
A fundação do adventismo está associada a um período de efervescência religiosa nos Estados Unidos no final do século XVIII e primeira metade do século XIX, no nordeste dos Estados Unidos. Deste modo, o surgimento das sociedades bíblicas, o não conformismo com o sistema religioso estabelecido, reuniões de reavivamento (revivals), o estilo evangelístico e proselitista de religião permitiram o surgimento do movimento baseado na interpretação das profecias do Livro de Daniel 8 e 9 por Guilherme Miller, membro da Igreja Batista, e outros líderes religiosos estabelecendo o fim do mundo e o retorno de Jesus Cristo para 1843 e depois para 1844.
Pessoas de várias denominações religiosas aderiram a este movimento religioso, embora o mesmo não tivesse uma organização eclesiástica formal, e tivesse pessoas das mais diferentes vertentes protestantes. Após o que ficou conhecido como O Grande Desapontamento, o grupo se dispersou em outros menores. Alguns destes grupos permaneceram marcando datas posteriores para o retorno de Cristo. Outros não demonstraram interesse algum por religião instituída. Alguns voltaram para suas denominações de origem e se desculparam com os líderes, que em muitos casos, os haviam expulsado um pouco antes.[4][5][6]
Depois de uma reavaliação dos estudos de Miller, alguns desses grupos menores persistiram no estudo das profecias, mas, com uma nova interpretação ao retorno de Cristo, surgindo grupos como a Igreja Adventista do Sétimo Dia, as Igrejas de Deus Adventistas, a Igreja Cristã do Advento, o movimento dos Estudantes da Bíblia, do qual emergiram as Testemunhas de Jeová [7]. Em comum retiveram o senso da iminência da volta de Jesus Cristo.
Apoiando-se em textos bíblicos, esse grupo de pessoas defende que o retorno glorioso de Jesus Cristo que se dará de maneira iminente. Sua atuação missionária tem por base a ordem de Cristo dada no mesmo evangelho no Mateus 28:19: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."
Há diversos grupos adventistas e com consequentes variações em certos pontos doutrinários peculiares. Muitos creem no estado de sono entre a morte e a ressurreição, outros incluem a guarda do sábado, regulação dietária, juízo investigativo, aniquilação dos pecadores e outras doutrinas baseadas em uma hermenêutica ora historicista, ora alegórica, da Bíblia.[8][9]
Depois da Conferência de Albany em 1845, onde 61 delegados compareceram, foi organizada a Associação Milenial Americana (American Millennial Association). Todavia não foi possível uma concordância doutrinária e nos subsequentes anos foram formando denominações dissidentes da Associação Milenial Americana. Em sumário, esses grupos consistem dos seguintes movimentos:
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