Anastasio Somoza Debayle | |
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Somoza Debayle em 1968 | |
Presidente da Nicarágua | |
Período | 1 de maio de 1967 a 1 de dezembro de 1972 |
Antecessor(a) | Lorenzo Guerrero |
Sucessor(a) | Junta Nacional de Governo |
Presidente da Nicarágua | |
Período | 1 de dezembro de 1974 a 17 de julho de 1979 |
Antecessor(a) | Junta Nacional de Governo |
Sucessor(a) | Francisco Urcuyo |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de dezembro de 1925 León, Nicarágua |
Morte | 17 de setembro de 1980 (54 anos) Assunção, Paraguai |
Cônjuge | Hope Portocarrero |
Partido | Partido Liberal Nacionalista |
Profissão | engenheiro, militar, político |
Anastasio ("Tachito") Somoza Debayle GColIH (5 de dezembro de 1925 – 17 de setembro de 1980) foi Presidente da Nicarágua e o último membro da família Somoza a ocupar o cargo de Chefe de Estado no país, encerrando uma dinastia que detinha o poder desde 1936.[1][2]
Era o mais novo dos três filhos de Anastasio Somoza Garcia e Salvadora Debayle. Fez seus primeiros estudos no Instituto Pedagógico de Manágua[3] e depois mudou-se para Nova Iorque, onde deu continuidade a sua formação na La Salle Military Academy, um colégio militar.[4] Por fim ingressou na Academia militar de West Point, na qual se formou em engenharia hidráulica aos 22 anos.[5]
Em 1945, Anastasio Somoza Debayle foi indicado por seu pai, o então presidente da Nicarágua, para ocupar o cargo de chefe da Guarda Nacional, tornando-se o segundo homem mais poderoso do país.[6]
Após as mortes do seu pai e do seu irmão Luis Somoza Debayle, respectivamente em 1956 e 1967, Anastasio Somoza Debayle se tornou o chefe político dos Somoza.[1] Seu governo era tido como horrível, considerado o "Diabo da Nicarágua". Somoza e seu séquito ainda foram acusados de usar em próprio benefício o dinheiro destinado à reconstrução de Manágua, que foi duramente atingida por um terremoto em Dezembro de 1972 e o qual matou cerca de 10 000 pessoas.[7] Embora tenha dado continuidade às práticas dos seus familiares e antecessores no poder isso não impedia que o seu governo fosse apoiado pelos EUA. Com a posse de Jimmy Carter na presidência dos Estados Unidos em 1977 esse apoio foi condicionado ao respeito dos direitos humanos e Somoza retirou o Estado de Sítio vigente desde 1975.[1]
Uma das formas que Somoza Debayle usava para manter o poder era a cooptação dos integrantes da Guarda Nacional através de cargos nas suas inúmeras empresas ou a abertura de negócios que precisassem da autorização do Estado.[8] Somoza Debayle era dono da única companhia aérea da Nicarágua, a Lanica, que fora fundada pelo seu pai e o empresário americano Howard Hughes.[8] A família Somoza quando a Revolução Sandinista tomou o poder tinha 342 propriedades e uma fortuna estimada em 5 bilhões de dólares.[8][9]
A 19 de Fevereiro de 1968 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[10]
Em 1979, diante do avanço das tropas da Frente Sandinista de Libertação Nacional, renunciou e viajou para Miami, onde tentou se exilar sem sucesso.[1][11] Obteve refúgio no Paraguai, à época governado por Alfredo Stroessner.[5] No dia 17 de setembro de 1980 foi assassinado numa rua de Assunção com um tiro de bazuca que destruiu seu carro.[5][12] O ataque que resultou na morte de Somoza foi organizado pelo guerrilheiro argentino Enrique Gorriarán Merlo, que foi o responsável por recrutar os executores entre os sobreviventes do grupo argentino ERP(Exército Revolucionário do Povo) para executar a ação. Segundo Gorriarán quem disparou o tiro de bazuca foi Hugo Irurzun.[13]
Mais tarde, após vazamentos de informações, soube-se que a KGB, a agência governamental que executava os serviços de inteligência e espionagem da União Soviética, foi autorizada por Leonid Brejnev a planejar e prestar todo o apoio necessário para a execução do atentado que no qual Somoza saiu morto.[14]
Precedido por Lorenzo Guerrero |
Presidente da Nicarágua 1967–1972 |
Sucedido por Junta Liberal-Conservadora |
Precedido por Junta Liberal-Conservadora |
Presidente da Nicarágua 1974–1979 |
Sucedido por Francisco Urcuyo |