Braamcamp Freire | |
---|---|
Nome completo | Anselmo Braamcamp Freire |
Nascimento | 1 de março de 1849 Lisboa, Portugal |
Morte | 23 de dezembro de 1921 (72 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | Historiador, genealogista e político |
Anselmo Braamcamp Freire (Lisboa, 1 de Fevereiro de 1849 – Lisboa, 23 de Dezembro de 1921) foi um historiador, genealogista e político português. Nascido de famílias fidalgas do Ribatejo, era filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1.º Barão de Almeirim, e de sua mulher e prima, Luísa Maria Joana Braamcamp de Almeida Castelo-Branco, sobrinha paterna do 5.º Senhor de Sobral de Monte Agraço, 2.º Barão de Sobral, 1.º Visconde de Sobral e 1.º Conde de Sobral.
Foi Moço Fidalgo da Casa Real, Par do Reino em 1887 e Sócio Efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa. Foi o 1.º Presidente da Câmara Municipal de Loures (pelo Partido Progressista (Portugal)), de 1887 a 1889, e de novo entre 1893 e 1895, Vereador (pelo Partido Republicano) da Câmara Municipal de Lisboa e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 1908 a 1913. Após a implantação da República, foi Deputado às Câmaras Constituintes de 1911 e o 1.º Presidente do Senado da República. Era um dos Republicanos de religião Católica mais destacados.
Com uma rara cultura, foi escritor, historiador e um dos fundadores do Arquivo Histórico Português, em 1903. Como arqueólogo e genealogista deixou uma vasta obra, tendo sido em Portugal o precursor de genealogia científica, baseando todas as suas afirmações apenas em fontes fidedignas. Era grande coleccionador de arte, tendo formado uma notável pinacoteca, que legou à cidade de Santarém, assim como a sua biblioteca, com cerca de 10.000 volumes, entre os quais se encontram exemplares de livros antigos e raríssimos, como o "Meditationes vitae Christi" e "De Triplici via: Opus contemplationis" de São Boaventura (1221–1274).[1] A sua casa é actualmente a Biblioteca Municipal de Santarém.