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Caixa alta é uma expressão usada em tipografia para referir à escrita com letras maiúsculas. É o mesmo que versais ou capitais.

Caixa baixa, por sua vez, corresponde à escrita com letras minúsculas.

A terminologia caixa-alta e caixa-baixa é usada nos sectores e profissões editoriais (editores, revisores, grafistas, jornalistas). Maiúsculas e minúsculas são os termos usados na linguística, e nas ciências humanas em geral.

Escrita bicameral

Um alfabeto bicameral é um alfabeto com símbolos em caixa alta e em caixa baixa, tais como os alfabetos latino, cirílico e grego. Um alfabeto sem distinção de altura de caixa, tais como os alfabetos árabe, hebraico, tâmil e hangul, é chamado de alfabeto unicameral. Da mesma forma, uma fonte tipográfica com símbolos para ambas as caixas de um alfabeto bicameral pode ser chamada de fonte bicameral. Fontes latinas com suporte a versaletes, além de maiúsculas e minúsculas, são denominadas tricamerais.[1]

Etimologia

Caixa alta e caixa baixa

Esquema de uma caixa de tipos usada em Portugal.

Na tipografia, os caracteres móveis — inicialmente em madeira e mais recentemente em chumbo — estão dispostos numa caixa dividida internamente, formando caixas menores (os “caixotins”). Para facilitar o acesso do compositor aos caracteres, a caixa é colocada sobre um cavalete inclinado. A parte contendo os caracteres mais usados (as minúsculas, a pontuação mais comum, os espaços, os algarismos) ficava num plano mais baixo, mais acessível — era a caixa baixa. A parte com as maiúsculas, os caracteres acentuados e sinais e símbolos menos usados ficava no topo — era a caixa alta.

Assim, com o tempo usar a caixa alta passou a significar “escrever em maiúsculas”, enquanto usar a caixa baixa significa “escrever em minúsculas”.

É comum o uso das abreviaturas C.A. (caixa alta) e c.b. (caixa baixa).

Quando algo está escrito com maiúsculas iniciais (p.e., “Wikipédia, a Enciclopédia Livre”), diz-se que está em caixa alta e baixa (simbolicamente: c.A/b).

Maiúsculo e minúsculo

Os termos maiúsculo e minúsculo derivam dos termos em latim maiusculus e minusculus, compostos pelos prefixos latinos maius ("maior") e minus ("menor") com o sufixo diminutivo -culus.[2][3]

História

No latim clássico não existia a distinção entre letras maiúsculas e minúsculas. Todos os textos eram escritos com letras semelhantes àquelas que hoje conhecemos maiúsculas. Aquilo a que hoje chamamos de letras minúsculas, ou em caixa baixa, nada mais é do que a imitação das letras das inscrições em pedra pelos escrivães que as tinham de desenhar em suportes mais parecidos com o papel (sobretudo o papiro). A diferença entre a letra imitada e a minúscula criada deve-se às características dos diferentes instrumentos de escrita usados, martelo e escopro no primeiro caso, cálamo ou pena no segundo. No essencial, a criação da maior parte das letras minúsculas deu-se entre os séculos IV e VI. Algumas letras minúsculas não foram criadas de todo, isto é, os símbolos usados são os mesmos das maiúsculas, sendo representados com um tamanho ligeiramente inferior. É o caso, por exemplo, do C, do K, do X ou do Z.

Quando surgiram, as minúsculas não eram vistas como um complemento às maiúsculas, mas como uma alternativa para a escrita cursiva (caligrafia). Isto quer dizer que um escrivão recorria só a umas ou só a outras, não as misturando.

A ideia de que maiúsculas e minúsculas constituem alfabetos tipográficos diferentes e complementares (podendo, por exemplo, uma palavra ter a primeira letra em caixa alta e as restantes em caixa baixa), nasceu durante a Idade Média. Quando a escrita e a cultura se refugiaram nos mosteiros, os livros passaram a ser vistos como objetos artísticos que valiam não só pelo seu conteúdo, mas também pelo seu aspecto físico. Assim, as iluminuras medievais desenvolveram a arte das maiúsculas nas letras que iniciavam cada capítulo de um livro. Por essa razão, ainda hoje, chama-se capitular à letra maiúscula, maior do que as restantes, que inicia um texto.

Durante este período, o cânone da escrita deixou de ser a inscrição na pedra, para passar a ser o desenho no papel. Deste modo, as letras maiúsculas, mais difíceis de usar em caligrafia, caíram em desuso para os textos correntes, sendo vistas como algo de arcaico mas elegante, próprio dos tempos glorificados da antiguidade. É assim que nasce a noção inconsciente de que as maiúsculas são para coisas mais importantes do que as minúsculas. Começa-se então a usar maiúsculas para dar ênfase a determinadas palavras, como nomes próprios.

Por outro lado, o uso da gramática latina entra num processo de degradação irreversível, com a consequente introdução de inovações e alterações que levarão à morte do latim e ao nascimento das línguas românicas modernas como o português. As funções gramaticais das palavras e as orações deixam de ser identificadas pela flexão gramatical do latim (as declinações). Assim, surge a pontuação e as maiúsculas passam a marcar o início das frases.

No alemão todos os substantivos são grafados com a primeira letra em caixa alta. Também no inglês essa regra foi seguida até ao século XVIII e no neerlandês até 1948. A profusão de maiúsculas nas letras iniciais de palavras e em títulos de obras é um traço típico das línguas germânicas que teve o seu auge durante o século XVIII, havendo, desde então, uma evolução para um uso mais moderado. Tradicionalmente, as línguas românicas foram sempre mais comedidas no uso das maiúsculas. Por exemplo: nos títulos de obras, pela tradição e segundo as normas académicas, apenas a primeira palavra tem a letra inicial em caixa alta.

Uso de caixa alta

A forma como as letras em caixa alta são usadas varia muito de país para país, havendo claramente uma tradição germânica e uma dos países latinos. Mesmo dentro de cada país há diferentes regras em uso conforme o editor e a finalidade dos textos em causa.

Na língua portuguesa existem várias normas em uso. Até ao aparecimento da informática, as regras de uso das maiúsculas e minúsculas eram mantidas pelos compositores, que as transmitiam de mestre para discípulo. O desaparecimento desta profissão (passando a composição do texto a ser feita pelos próprios autores dos textos nos seus computadores) e o facto de as normas serem transmitidas oralmente quase não existindo fontes escritas levaram a um certo desnorte nesta área, como em outras da tipografia.[carece de fontes?]

Hoje em dia, assiste-se a um processo quase imparável de esquecimento, abandono e adulteração das tradições da tipografia e da composição em língua portuguesa e de adopção sistemática de normas de outras línguas, sem que haja sequer consciência desse processo.[carece de fontes?]

Em Portugal, as normas sobre maiúsculas de virtualmente todos os manuais e livros de estilo em vigor derivam das normas da Imprensa Nacional, incluindo o Código de Redação Interinstitucional da União Europeia.[4][5]

Contudo, as alterações introduzidas desde o Acordo Ortográfico de 1945 à norma das citações bibliográficas não foram acatadas pelo meio académico e científico (que tem continuado a usar largamente o sistema de caixa alta apenas na letra inicial da primeira palavra).[carece de fontes?]

Todas as letras em caixa alta

São raros os contextos em que todas as letras de uma palavra devem (ou podem) estar em maiúsculas:

É considerado falta de educação escrever uma frase em contexto normal com todas as letras em caixa alta, por ser, em geral, mais difícil de ler. Em alguns contratos menos bem intencionados chega-se a escrever cláusulas completamente em maiúsculas e com letra em ponto pequeno, para desencorajar a sua leitura. [carece de fontes?]

Pontuação

Palavras especiais

Há algumas palavras que se devem grafar sempre com inicial maiúscula. Estas regras, contudo, podem ter algumas variações. Por exemplo, no português europeu os meses são escritos com inicial maiúscula (Janeiro) e no português brasileiro com minúscula (janeiro), embora o Acordo ortográfico de 1990 estabeleça o uso de minúscula. Por vezes, conforme o livro de estilo em vigor numa instituição, pode haver algumas diferenças. A seguinte lista contém as palavras especiais que, tradicionalmente, quer no Brasil, quer em Portugal, se escrevem com maiúscula inicial.

Títulos em artigos e em citação bibliográfica

Norma tradicional das línguas latinas

Nos países de línguas românicas, a regra da referência bibliográfica é o título de qualquer artigo de imprensa ser escrito com a primeira letra em caixa alta e as restantes em caixa baixa, excepto nas palavras especiais (como nomes próprios). Também nos países anglo-saxónicos esta norma foi progressivamente introduzida na imprensa (para títulos de artigos) por ser considerada pelos editores mais prática, mais sóbria e mais estética. É o caso dos jornais The Guardian, do The Times e da generalidade da imprensa norte-americana.

Tradicionalmente, nos países de línguas latinas, também a citação bibliográfica, isto é, a citação de títulos de obras, segue a mesma regra. Faz parte dessa regra a obrigatoriedade de o título da obra ficar sem aspas e em itálico ou, no caso das antigas máquinas de escrever, com sublinhado.

Norma tradicional das línguas germânicas

A norma germânica teve o seu auge no mundo anglo-saxónico com o desenvolvimento da imprensa ao longo dos séculos XVIII e XIX. Era usada para realçar os títulos, numa altura em que o desenvolvimento técnico da tipografia não permitia facilmente o uso de negrito, de itálico ou de variados tamanhos de letra.

Ao longo do século XX, esta norma generalizou-se na maior parte da imprensa portuguesa e brasileira, para a citação de títulos de obras. Este facto deveu-se à influência da língua inglesa, mas resumiu-se à citação bibliográfica, mantendo-se a norma latina para os títulos dos artigos.

Extremamente complexa, esta norma exige conhecimentos de gramática explícita e tem as mais variadas formas de uso quer nas línguas alemã e inglesa, quer na portuguesa. Geralmente, cada órgão de imprensa escolhe uma delas no seu livro de estilo. Por sua vez, em geral, os jornalistas não seguem nenhuma, limitando-se (os mais cuidadosos) a copiar sistematicamente a opção que esteja na capa do livro ou do CD (esta prática só é recomendada por alguns livros de estilo para obras em língua estrangeira). Por vezes, o copidesque (quando existe) corrige e o assunto fica mais ou menos resolvido.

O seguinte quadro compara as diferentes aplicações da norma germânica à língua portuguesa, conforme os diferentes documentos normativos (ordenados por ordem de antiguidade). Para além destas, pode haver outras variantes.

Exemplo Subs. Adj. Num. Verb. Art. D. Art. Ind. Pron. Flex. Pron. Infl. Adv. Conj. Prep. Interj. "Que" "Se" "Si" Inflx.
IN Mais Um Livro a respeito das Árvores Que ninguém Separa CA CA CA CA cb CA CA cb cb cb cb CA CA cb
FO 1943 Mais um Livro a Respeito das Árvores que ninguém Separa CA CA CA CA cb cb* cb* cb* cb* cb* cb* cb*
AO 1945 Mais Um Livro a respeito das Árvores que ninguém Separa CA CA CA CA cb CA CA cb cb cb cb cb
UE Mais Um Livro a Respeito das Árvores Que Ninguém Separa CA CA CA CA cb CA CA cb* cb* cb* cb* cb* CA CA
PUCRS Mais um Livro a Respeito das Árvores Que Ninguém Separa CA CA CA CA cb cb CA CA cb cb cb

* se forem palavras monossilábicas

Legenda:

  • Sub.: substantivos
  • Adj.: adjectivos
  • Num.: numerais
  • Verb.: verbos
  • Art. D.: artigos definidos e contracções
  • Art. Ind.: artigos indefinidos
  • Pron. Flex.: pronomes flexivos
  • Pron. Infl.: pronomes inflexivos
  • Adv.: advérbios
  • Conj.: conjunções
  • Prep.: preposições
  • Interj.: Interjeições simples
  • Inflx.: Palavras inflexivas
  • IN: Imprensa Nacional (Portugal). Norma também seguida pelo “Livro de Estilo” do Público.
  • FO 1943: Formulário Ortográfico de 1943 da Academia Brasileira de Letras. De notar que o texto desta norma é impreciso, podendo originar interpretações diferentes daquela que aqui é apresentada. Basicamente, o que o texto diz é que todas as iniciais de palavras de um título são em maiúsculas excepto “partículas monossilábicas” (sic) que estejam entre palavras com iniciais maiúsculas…
  • AO 1945: Acordo Ortográfico de 1945. O website Ciberdúvidas da Língua Portuguesa segue esta norma.
  • UE: Código de Redacção Interinstitucional da União Europeia para a Língua Portuguesa
  • PUCRS: Manual de Redação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Norma latina vs. norma germânica

Em Portugal e no Brasil, para a citação bibliográfica, a norma germânica foi introduzida pelo Formulário Ortográfico de 1943 (em vigor no Brasil) e pelo Acordo Ortográfico de 1945 (em vigor em Portugal). Legalmente, é, pois, esta a regra em vigor.

Apesar disso, a comunidade académica dos dois países nunca aceitou bem esta alteração. O filólogo brasileiro Antônio Houaiss, por exemplo, afirma: "Toda normalização, no que se refere a textos impressos, parte de um pressuposto: é o chamado efeito de realce. [–] Assim, o pressuposto do bibliônimo é que ele apareça sempre, em língua portuguesa, em grifo. Vale dizer, se ele aparece em grifo, não há por que reiterar o realce com a letra maiúscula, pois o grifo já funciona como realce material típico do bibliônimo. Ipso facto, haveria redundância em colocar o grifo e a maiúscula".[18]

Assim, as citações em trabalhos académicos e científicos continuam a fazer-se, em grande parte, na norma latina. Em Portugal, os manuais em vigor para os trabalhos académicos continuam a aconselhar esta norma. Em ambos os países, as entidades legalmente credenciadas para a normatização/normalização (Associação Brasileira de Normas Técnicas e Instituto Português da Qualidade) aconselham também a norma latina.

Mesmo no contexto da língua inglesa, a norma germânica parece estar em processo de recuo, com uma influência cada vez maior do chamado down-style capitalization. Nos títulos de artigos ela foi quase abandonada, continuando a ser a regra dominante na citação bibliográfica. No entanto, por motivos de simplificação, alguns média ingleses mais inovadores, como a revista de música NME, têm vindo a adoptar o uso de maiúscula inicial em todas as palavras de títulos de obras (e. g. Where The Streets Have No Name). Por outro lado, a norma latina é aceite pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e é largamente usada nas bibliotecas e universidades dos Estados Unidos da América (por exemplo, na psicologia, ciências da educação e ciências sociais, usa-se o estilo APA, que opta pela titulação latina das obras).

O Acordo Ortográfico de 1990 estabelece o regresso à norma tradicional das línguas latinas.

Notas

  1. O Acordo ortográfico de 1990 é omisso quanto ao uso de maiúsculas e minúsculas para povos, tribos ou habitantes de localizades ou regiões.[12]

Referências

  1. Santos, Genilson Lima (10 de dezembro de 2011). «2». Design de fonte tipográfica digital inspirada na assinatura de Carybé (Trabalho de Conclusão). Salvador: Universidade Federal da Bahia. p. 12. 44 páginas. Consultado em 1º de fevereiro de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 15 de agosto de 2012 
  2. «minuscule - Wiktionary». 26 de agosto de 2016. Consultado em 1º de fevereiro de 2019 
  3. «Define Minuscule at Dictionary.com». Consultado em 1º de fevereiro de 2019 
  4. «Código de Redação Interinstitucional da União Europeia: Maiúsculas». Serviço das Publicações da União Europeia. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  5. «Código de Redação Interinstitucional da União Europeia: Minúsculas». Serviço das Publicações da União Europeia. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  6. «Livro de estilo». Jornal Público. 1998. 2. Os substantivos que significam acidentes geográficos, como: arquipélago, baía, cabo, ilha, lago, mar, monte, península, rio, serra, vale, etc., mesmo quando seguidos de designações que os especificam toponimicamente: arquipélago dos Açores, ilha da Madeira, serra da Estrela, rio Douro, cabo Carvoeiro, península de Tróia, mar Cáspio, vale do Côa. 
  7. «Código de Redação Interinstitucional». União Europeia. 2012. Consultado em 13 de julho de 2017. nos nomes comuns que acompanham os nomes geográficos quando constituem locuções onomásticas:Império Romano, República Federativa do Brasil, República Portuguesa. N.B. No entanto, é usada minúscula inicial nos nomes comuns que acompanham os nomes geográficos: distrito de Beja, estado do Maranhão, província do Minho, o império de Carlos Magno, a nação dos Tabajaras, o país das Amazonas, a república de Veneza, cabo da Roca, mar Mediterrâneo, península de Malaca 
  8. «Novo Manual da Redação». Círculo Online - Círculo Folha. Folha de S.Paulo. 1996. Consultado em 13 de julho de 2017. e) Vias, logradouros e acidentes geográficos - rua da Consolação, avenida Brasil, praça da República, parque do Carmo, oceano Atlântico, cabo Horn, estreito de Magalhães, mar Mediterrâneo 
  9. «Manual de Estilo de Mídias Virtuais» (PDF). Coordenadoria de Comunicação da UFRJ. 2016. Consultado em 13 de julho de 2017. Topônimos urbanos e geográficos: rua Sete de Setembro, avenida Presidente Vargas, oceano Atlântico, rio Iguaçu. Também usar a caixa baixa em, por exemplo: auditório Archimedes Memória, salão nobre da Decania do Centro de Tecnologia 
  10. Ciberdúvidas/ISCTE-IUL. «Península [Ibérica] ou península? - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 13 de julho de 2017. algumas combinações vocabulares que «apesar de baseadas em palavras designativas de acidentes geográficos, formam no seu conjunto locuções toponímicas e, consequentemente, não dispensam a maiúscula inicial naqueles elementos: Grandes Lagos, Península Ibérica, etc.» 
  11. Ciberdúvidas/ISCTE-IUL. «Península e Península Ibérica (com maiúscula inicial) - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 13 de julho de 2017 
  12. «Maiúsculas e minúsculas em adjetivos pátrios e gentílicos». Ciberdúvidas da língua portuguesa. 11 de março de 2014. Consultado em 12 de abril de 2015. O novo Acordo ortográfico (AO 90) é omisso a respeito do uso de maiúscula e minúsculas iniciais com nomes e adjetivos relativos a povos e populações. Mas observe-se que a questão da maiúscula inicial só tem abrangido a grafia dos substantivos, e não a dos adjetivos. 
  13. «Acordo ortográfico». Instituto de Linguística Teórica e Computacional. 1945. Consultado em 12 de abril de 2015. Bases Analíticas (…) 43. Escrevem-se com maiúscula inicial os nomes de ciências, ramos de ciências e artes, quando em especial designam disciplinas escolares ou quadros de estudos pedagogicamente organizados. Quer dizer: embora tais nomes se grafem geralmente com minúscula (anatomia, arquitectura, direito canónico, economia política, escultura, filologia românica, física geral, fonética histórica, geografia, glotologia, linguística, medicina, música, pintura, química orgânica, teologia, etc.), recebem a maiúscula em casos como estes: doutorou-se em Direito; é aluno de Filologia Portuguesa; está matriculado em Clínica Médica; frequenta as aulas de Geografia Económica; obteve distinção na cadeira de Física; terminou o curso de Pintura. 
  14. «Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinado em Lisboa a 16 de dezembro de 1990» (PDF). Priberam. Consultado em 12 de abril de 2015. Base XIX (…) 1.º A letra minúscula inicial é usada: (…) g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas). 
  15. «Formulário ortográfico». Instituto de Linguística Teórica e Computacional. 1943. Consultado em 12 de abril de 2015. 49. Emprega-se letra inicial maiúscula: (…) 6º – Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifestações do engenho e do saber: Agricultura, Arquitetura, Educação Física, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Engenharia, História do Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc. Observação – Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguesa, vernáculo e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial relevo. 
  16. «Livro de estilo». Jornal Público. 1998. 4. Os nomes de cargos, postos ou dignidades hierárquicas, sejam quais forem os respectivos graus, bem como os vocábulos que designam títulos, qualquer que seja a importância destes: rei Juan Carlos, director-geral do Ensino, barão do Rio Branco, marechal Spínola. Usamos, contudo, com inicial maiúscula Presidente da República Portuguesa e Papa. 
  17. «Formulário ortográfico». Instituto de Linguística Teórica e Computacional. 1943. Consultado em 12 de abril de 2015. 49. Emprega-se letra inicial maiúscula: (…) 12º – Nos nomes comuns, quando personificados ou individuados, e de seres morais ou fictícios: (…). Observação: Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades da República, quando empregados em correspondência ou documentos oficiais: A Lei de 13 de maio, o Decreto-lei nº 292, o Decreto nº 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento nº 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc. 
  18. HOUAISS, Antônio. Preparação de originais – I. In: MAGALHÃES, Aluísio et al. Editoração hoje. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1981. cap. 3, p. 56.

Bibliografia

Ligações externas