O Cancioneiro da Biblioteca Vaticana é uma colectânea medieval de 1200 cantigas[1] trovadorescas (cantigas de amigo, de amor e de escárnio e mal-dizer) escritas em galaico-português .
Compilado em Itália no final do século XV ou começo do século XVI, encontra-se depositado na Biblioteca do Vaticano, donde deriva o nome por que é conhecido. Em 1847 o Visconde da Carreira financiou a primeira edição que foi feita, impressa, desse manuscrito medieval, com enquadramento histórico de D. Caetano Lopes de Moura, editado pela J.P. Ailaud em Paris, e depois e, 1875 houve outra edição diplomática desse cancioneiro por Ernesto Monaci.
Este cancioneiro, como o Cancioneiro da Biblioteca Nacional em Portugal, foi compilado depois do século XIII e abarca um espaço de tempo bem maior. Compreende não apenas obras dos poetas de Afonso III de Portugal e anteriores, como ainda os contemporâneos de Dinis de Portugal e seus filhos.
O "Cancioneiro de Berkeley", anteriormente conhecido como Cancioneiro de um grande d'Hespanha é uma antiga cópia não integral (ou descriptus) feita por volta de 1600 do Cancioneiro da Vaticana que se encontra na atualidade na Bancroft Library em Berkeley (Califórnia)[2]. Foi estudado pela primeira vez em 1872 por Francisco Adolfo de Varnhagen na sua obra Cancioneirinho de Trovas Antigas[3].