O coque é um tipo de combustível derivado da hulha (carvão betuminoso). Começou a ser utilizado na Inglaterra do século XVIII. O coque obtém-se do aquecimento da hulha (ou carvão betuminoso), sem combustão, num recipiente fechado (calcinação).[1] Pode ser utilizado na produção de ferro-gusa (alto-forno), sendo adicionado junto com a carga metálica.[2]
O coque é obtido pelo processo de "coqueificação", que consiste, em princípio, no aquecimento do carvão mineral a altas temperaturas, em câmaras hermeticamente fechadas (exceto para saída de gases). No aquecimento às temperaturas de coqueificação e na ausência de ar, as moléculas orgânicas complexas que constituem o carvão mineral se dividem, produzindo gases, compostos orgânicos sólidos e líquidos de baixo peso molecular e um resíduo carbonáceo relativamente não volátil. Este resíduo resultante é o "coque", que se apresenta como uma substância porosa, celular, heterogênea sob os pontos de vista químico e físico. A qualidade do coque depende muito do carvão mineral do qual se origina, principalmente do seu teor de impurezas.[4]
Trata-se de um processo químico, na medida em que envolve quebra de moléculas, cujas principais etapas são:[5]
Antes de se iniciar o processo de coqueificação, é necessária a preparação dos diversos tipos de carvões minerais.
Produto sólido, com alto conteúdo de carbono, de densidade próxima de 1,2 s por decímetro cúbico, cor entre pardo-escuro e negro e estrutura celular ou granular.[6]
Além da utilização na liga de ferro-gusa, devido à escassez do carvão vegetal, o coque de petróleo pode ser usado em várias outras formas possíveis, tais como: abrasivos, pastilhas de freios automotivos, sapatas ferroviárias, alimentação de fornos refratários, pigmentos (como para a colorização de vidros), fabricação de elétrodos de grafite artificial e como combustível. Existem muitas empresas cuja matéria-prima é coque em pedra e o produto é coque com um diâmetro de uma partícula muito pequena.
Hoje em dia, no Brasil, o coque 'verde' de petróleo tem origem nas refinarias da Petrobras que possuem unidades do processo conhecido como 'Coqueamento Retardado', que visa extrair ainda mais frações leves e nobres de resíduos de destilações. O coque é, na verdade, um subproduto deste processo.[7]