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No seu sentido mais geral, custo é o valor pago ao trabalho necessário para a produção de bens ou serviços.

O conceito de custo é muitas vezes confundido com os conceitos de preço, despesa ou de desembolso financeiro. É comum dizer-se que, se um bem ou serviço tem um preço alto, esse bem ou serviço "custa" muito caro.

Economia

Em economia, custo é a expressão monetária do consumo ou desgaste de fatores necessários à produção de um bem ou serviço.

Todo processo de produção de um bem supõe consumo ou desgaste de uma série de fatores produtivos. O conceito de custo está ligado ao sacrifício incorrido para produzir esse bem.[1]

Contabilidade financeira

Em contabilidade, custos são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo tem de arcar a fim de atingir seus objetivos - a produção de um bem ou serviço mediante a utilização de outros bens ou serviços.

Contabilidade gerencial

A contabilidade gerencial incorpora esses e outros conceitos econômicos para elaborar relatórios de custos, para uso dos gestores, no processo decisório.[2]

No Brasil, o Decreto-Lei 1.598/77, em seu artigo 14 determina que: o contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos, principalmente para fins fiscais.[3][4][5][6]

Custo x despesa

Custos são gastos que a entidade realiza com até tornar o seu produto pronto para ser comercializado (fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado. Uma diferença básica entre custo e despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à atividade fim da entidade (determinada no seu contrato social, na cláusula do objeto). Já a despesa é um gasto com a atividades meio e não gera retorno financeiro, apenas propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial.[7][4][5][6]

A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai direto para o resultado do período. Já os custos dizem respeito à formação de um estoque (de produtos acabados) e à sua venda. Finalmente, serão finalmente levados ao resultado, o que pode levar meses ou até anos.

Custos industriais geralmente incluem: matéria prima, energia consumida (eletricidade e combustíveis), água consumida, materiais industriais diversos, mão de obra, depreciação dos itens imobilizados de produção, entre outros.

Principais Métodos de Custeio

Sistemas de custeio Custeio por absorção (ou integral) Custeio direto Custo-padrão Custeio baseado em atividades Gestão econômica Custo-meta

Target Costing:

Contexto histórico[11][12]

O Target Costing é uma abordagem de gestão de custos que se originou no Japão nas décadas de 1960 e 1970, com o objetivo de enfrentar os desafios de custo e competitividade enfrentados pelas empresas japonesas na época. A abordagem surgiu como uma resposta à crescente pressão dos mercados globais e à necessidade de desenvolver produtos de alta qualidade a preços competitivos.

No contexto histórico, o Japão estava se recuperando do impacto da Segunda Guerra Mundial e buscava maneiras de reconstruir sua economia. As empresas japonesas enfrentavam desafios significativos em termos de recursos limitados, falta de matérias-primas e acesso limitado a mercados globais. Nesse cenário, as empresas japonesas tiveram que encontrar maneiras inovadoras de competir em um mercado global cada vez mais competitivo.

Nesse contexto, o Target Costing foi desenvolvido como uma abordagem para enfrentar os desafios de custo e qualidade. A abordagem foi inicialmente adotada por empresas japonesas do setor automotivo, como a Toyota e a Nissan, e rapidamente se espalhou para outras indústrias no Japão e em todo o mundo.

Uma das principais influências na formação do Target Costing foi a filosofia de gestão enxuta (Lean Management), desenvolvida pela Toyota, que se concentra na redução de desperdícios e na melhoria contínua dos processos. O Target Costing foi uma extensão dessa filosofia, focando na gestão de custos desde a fase de concepção e desenvolvimento do produto, com o objetivo de desenvolver produtos de alta qualidade a custos competitivos.

Ao longo dos anos, o Target Costing tem sido amplamente adotado por empresas em todo o mundo como uma abordagem eficaz para gerenciar custos e garantir a competitividade dos produtos e serviços no mercado. O contexto histórico do Japão, com sua ênfase na qualidade, eficiência e inovação, influenciou fortemente o desenvolvimento e a disseminação do Target Costing como uma prática de gestão globalmente reconhecida.

Definição e Conceito[13]

O Target Costing é uma metodologia que envolve o estabelecimento de um preço-alvo para um produto ou serviço com base na análise do mercado e nas expectativas dos clientes. Esse preço-alvo é então usado como referência para determinar os custos permitidos durante o processo de design e desenvolvimento do produto. Em outras palavras, o Target Costing é uma abordagem que parte do preço de venda desejado para, em seguida, determinar o custo máximo que a empresa pode incorrer para obter um lucro aceitável.

O objetivo do Target Costing é projetar e desenvolver produtos e serviços de forma eficiente, de modo que possam ser produzidos a um custo que permita à empresa obter uma margem de lucro adequada, enquanto mantém preços competitivos no mercado. Isso envolve a colaboração de equipes multifuncionais, que trabalham juntas para identificar e implementar ações para atingir as metas de custo estabelecidas.

Objetivos do Target Costing[13]

O Target Costing é uma abordagem estratégica de gestão de custos que busca atingir objetivos específicos relacionados aos custos de um produto ou serviço durante sua fase de concepção e desenvolvimento. Os principais objetivos do Target Costing são:


Terminologia[12][14]

É importante compreender esses termos para entender e aplicar corretamente o conceito de Target Costing na gestão de custos e desenvolvimento de produtos. Essas são algumas das terminologias comuns associadas ao Target Costing:

Meta de custo (Target Cost): É o custo máximo permitido de um produto, com base na análise do valor que os consumidores atribuem ao produto e nas margens de lucro desejadas pela empresa. A meta de custo é uma referência para o desenvolvimento do produto e é usada como base para o cálculo dos custos de produção.

Valor para o cliente (Customer Value): É a percepção de valor que os clientes têm em relação a um produto. É a quantia máxima que um cliente está disposto a pagar por um produto, com base em suas necessidades, preferências, concorrência no mercado e outros fatores.

Análise do valor (Value Analysis): É uma técnica usada para identificar e avaliar os elementos de custo de um produto em relação ao valor que eles proporcionam ao cliente. A análise do valor ajuda a identificar oportunidades de redução de custos, eliminando ou reduzindo os elementos de custo que não agregam valor ao produto.

Margem de lucro (Profit Margin): É a diferença entre o preço de venda de um produto e os custos de produção. A margem de lucro é uma parte importante da meta de custo, pois determina o nível de lucro desejado pela empresa.

Custo-alvo (Target Costing): É o processo de desenvolver um produto com base na meta de custo, levando em consideração o valor para o cliente, a concorrência no mercado e as margens de lucro desejadas. O objetivo é projetar o produto de forma eficiente, garantindo que o custo de produção não exceda a meta de custo.

Custo real (Actual Cost): É o custo real de produção de um produto, obtido após o produto ser fabricado e os custos reais serem registrados. O custo real é comparado com a meta de custo para avaliar o desempenho e identificar desvios em relação à meta de custo.

Engenharia de valor (Value Engineering): É um processo sistemático de revisão e análise de um produto para identificar oportunidades de redução de custos, mantendo ou melhorando seu valor para o cliente. A engenharia de valor é uma parte importante do Target Costing, pois ajuda a identificar formas de reduzir os custos de produção sem comprometer a qualidade e o valor percebido pelo cliente.

Impacto Social[15][16]

Embora o Target Costing possa ter benefícios para as empresas em termos de eficiência e competitividade, também pode ter impactos sociais significativos, tanto positivos quanto negativos. Alguns dos impactos sociais do Target Costing incluem:

Acessibilidade do produto: O Target Costing pode levar a uma maior acessibilidade de produtos para os consumidores, uma vez que os produtos são projetados com base nos custos que os consumidores estão dispostos a pagar. Isso pode resultar em produtos mais acessíveis em termos de preço para uma ampla gama de consumidores, especialmente em mercados onde a sensibilidade de preço é alta. Isso pode ter um impacto social positivo, tornando os produtos mais acessíveis para pessoas de diferentes níveis socioeconômicos.

Inovação e qualidade: O Target Costing pode incentivar a inovação e a busca por maior qualidade nos produtos. Ao projetar produtos com base nos custos que os consumidores estão dispostos a pagar, as empresas podem se concentrar em melhorar a qualidade do produto, a fim de atender às expectativas dos consumidores e se destacar da concorrência. Isso pode resultar em produtos melhores e mais inovadores, o que pode ter um impacto social positivo, proporcionando aos consumidores produtos de melhor qualidade e maior valor.

Pressão sobre fornecedores: Para atingir metas de custo definidas pelo Target Costing, as empresas podem exercer pressão sobre seus fornecedores para reduzir os preços dos componentes ou matérias-primas. Isso pode levar a práticas comerciais adversas, como negociação agressiva, redução dos prazos de pagamento e busca por fornecedores mais baratos sem considerar questões éticas ou de sustentabilidade. Isso pode ter um impacto social negativo, afetando a sustentabilidade e a responsabilidade social das empresas em sua cadeia de suprimentos.

Risco de redução de empregos: O Target Costing pode levar a pressões para reduzir os custos de produção, o que pode resultar em uma busca por eficiência e automação para reduzir a mão de obra necessária. Isso pode levar à redução de empregos em algumas indústrias e comunidades, especialmente em setores onde a mão de obra é intensiva. Isso pode ter um impacto social negativo, resultando em desemprego e deslocamento de trabalhadores, o que pode afetar a economia local e as comunidades em geral.

Sustentabilidade: Embora o Target Costing possa levar a uma redução de custos, também pode haver implicações negativas em termos de sustentabilidade. A busca por redução de custos pode levar a uma pressão por produtos mais baratos, que podem não ser fabricados de forma sustentável ou podem ter um impacto negativo no meio ambiente. Isso pode incluir a escolha de materiais de menor custo.


Principais Etapas do Target Costing[17][18]

Vale ressaltar que o Target Costing é uma abordagem iterativa, ou seja, as etapas acima mencionadas são realizadas de forma contínua e iterativa ao longo do processo de design e desenvolvimento do produto ou serviço, visando sempre o alcance das metas de custo estabelecidas. Além disso, o sucesso do Target Costing depende de uma cultura organizacional que promova a colaboração, a inovação, a eficiência e a busca constante por melhorias nos processos e produtos

(TEXTO INSERIDO PELOS ALUNOS DO 4º ANO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - UFMT: Leonardo Santos, Keverllym Carvalho, Thaisa Mendes e Quezia Morais).

  1. E. Bueno Campos- I. Cruz Roche- J.J. Durán Herrera, Economía de la empresa. Análisis de las decisiones empresariales. Pirámide, ed. Título ainda não informado (favor adicionar). [S.l.]: Pirámide. ISBN 84-368-0207-1 
  2. Ana Maria Lopes de Sá e Antonio Lopes de Sa, Dicionário de Contabilidade. Atlas, 2009 ISBN 9788522453641
  3. «Presidência da República - Casa Civil - Decreto-lei n° 1.598, de 26 de dezembro de 1977» 
  4. a b c George S. G. Leone, CUSTOS: Planejamento, Implantação e Controle - Livro-texto, atlas 2000 ISBN 9788522425358
  5. a b c SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de custos, Editora Ibpex ISBN 8-587-05324-8
  6. a b c Missagia, Luiz; Velter, Francisco. Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis . Elsevier Brasil ISBN 8-535-26046-3
  7. «Apreciação dos custos ocultos do processo sucroalcooleiro em uma usina de álcool na Paraíba». revistas.utfpr.edu.br. Consultado em 26 de agosto de 2014. Arquivado do original em 27 de agosto de 2014 . Por João Batista de Freitas e Cosmo Severiano Filho.
  8. Ely Célia Corbari Joel de Jesus Macedo, Administração Estratégica de Custos, IESDE BRASIL SA ISBN 8-538-72923-3
  9. «Custos». www.somar.adm.br. Consultado em 26 de agosto de 2014. Arquivado do original em 27 de agosto de 2014 
  10. Jörn Altmann, Rajkumar Buyya, Omer F. Rana, Grid Economics and Business Models, Springer Berlin Heidelberg, ISBN 978-3-642-03863-1 (Impresso) 978-3-642-03864-8 (e-Livro) (em inglês)
  11. Cooper, R., & Slagmulder, R. (2003). Ganar con el Target Costing. Ediciones Gestión 2000.
  12. a b COOPER, Robin & CHEW, W. Bruce – Control Tomorrow’s Costs Through Today’s Designs. Harvard Business Review. Boston: Janeiro-Fevereiro de 1996.
  13. a b De Toni, A. F., & Tonchia, S. (2001). Target costing: the next frontier in strategic cost management. Journal of Cost Management, 15(5), 5-15.
  14. EWERT, Ralf & ERNST, Christian – Target Costing, Coordination and Strategic Cost Management. The European Accounting Review, Vol. 8, Londres: 1999.
  15. EVERAERT, Patricia & BRUGGEMAN, Werner – The Impact of Cost Goal Specificity and Cost Goal Difficulty on the Cost of Future Products: A Lab Experiment with Carpet Designing Task. 20º Congresso da EAA (European Accounting Association). Graz (Áustria), Abril de 1997.
  16. Khouja, M. (1995). The impact of target costing on product development: evidence from Japanese firms. Journal of Management Accounting Research, 7, 61-83.
  17. EWERT, Ralf & ERNST, Christian – Target Costing, Coordination and Strategic Cost Management. The European Accounting Review, Vol. 8, Londres: 1999
  18. MARTYNIUK, Teresa & ZABLOCKA, Stanislawa – Practice application of target costing case study – cost of roof production. 21º Congresso da EAA (European Accounting Association). Antuérpia (Bélgica), Abril de 1998.

Quanto ao método de apuração dos custos



Outras classificações de custos

A seguir, apresenta-se uma relação de outras classificações de custos, menos usuais:

Ver também

Notas

  1. Texto Original: Grid Economics and Business Models Work
    Texto Traduzido: Trabalho da Grade de Economia e Modelos de Negócios.

Referências

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  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome LC2
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  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome LC4
  5. «O que é CPV – Custo do Produto Vendido?». InfoPrice. Consultado em 25 de setembro de 2020 

Bibliografia

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