Mirage V
Caça
Dassault Mirage 5
Mirage 5F
Descrição
Tipo / Missão Caça, com motor turbojato, monomotor monoplano
País de origem  França
Fabricante Dassault Aviation
Quantidade produzida 582
Desenvolvido de Dassault Mirage III
Primeiro voo em 19 de maio de 1967 (56 anos)
Variantes Ver texto
Tripulação 1
Especificações (Modelo: Mirage 5F)
Dimensões
Comprimento 15,55 m (51,0 ft)
Envergadura 8,22 m (27,0 ft)
Altura 4,50 m (14,8 ft)
Área das asas 35  (377 ft²)
Alongamento 1.9
Peso(s)
Peso vazio 7 150 kg (15 800 lb)
Peso máx. de decolagem 13 700 kg (30 200 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x turbojato SNECMA Atar 09C
Empuxo seco: 4 280 kgf (42 000 N)
Empuxo em pós-combustão: 6 210 kgf (60 900 N)
Performance
Velocidade máxima 2 350 km/h (1 270 kn)
Velocidade de cruzeiro 956 km/h (516 kn)
Velocidade máx. em Mach +2,2 Ma
Alcance bélico 1 250 km (777 mi)
Alcance (MTOW) 4 000 km (2 490 mi)
Teto máximo 18 000 m (59 100 ft)
Razão de subida 186 m/s
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 2 x canhões DEFA 553 de 30 mm
Foguetes 2 x Matra JL-100
Mísseis Matra R550 Magic, Matra R530, AM-39 Exocet, AIM-9 Sidewinders
Bombas 4 000 kg (8 820 lb) de bombas variadas em cinco pontos duros e pods de reconhecimento além de tanques ejetáveis
Notas
Dados de: Encyclopedia of World Military Aircraft[nota 1]

O Dassault Mirage 5 é um caça supersônico projetado na França pela Dassault Aviation durante a década de 1960, e exportado para vários países. O caça é derivado do Mirage III possuindo inúmeras variantes e foi adquirido pelas forças aéreas de onze países num total de 517 unidades construídas. A aeronave entrou em serviço operacional em 1971.

Desenvolvimento

Devido ao sucesso alcançado por Israel com o Mirage III na Guerra dos Seis Dias, a Força Aérea Israelense solicitou a Dassault o desenvolvimento de uma nova versão. Como no oriente médio as condições meteorológicas são normalmente boas, esta versão não teria aviônicos avançados e seria dedicada ao ataque ao solo. Além de diminuir os custos, seria possível utilizar o espaço extra para carregar mais combustível, estendendo o alcance da aeronave. Esta nova aeronave foi denominada Mirage 5.

No nariz do Mirage 5, o radar foi substituído por equipamentos eletrônicos de navegação e ataque, proporcionando assim espaço extra de combustível. Foram colocados mais pontos para cargas externas e o reforço de foguetes foram removidos. Com todas estas mudanças, a Dassault produziu um caça de custo mais barato, com capacidade de 32% mais combustível do que o Mirage III C e capaz de transportar até 14 bombas, possibilitando numerosas combinações quanto a configuração de cargas.[1]

O Mirage 5 voou pela primeira vez no dia 19 de Maio de 1967, pilotado por Hervé Leprince-Ringuet.

A Força Aérea Israelense chegou a fazer o pedido de 50 caças no ano de 1966 mas devido as crescentes tensões no oriente médio e a pressão internacional, estas aeronaves acabaram sofrendo embargo, por isso não foram entregues a Israel, sendo incorporadas a Força Aérea Francesa com a designação Mirage 5F. Este embargo levou Israel a projetar e produzir o IAI Nesher e o IAI Kfir.

Esta aeronave, projetada como caça de ataque para "tempo bom", acabou evoluindo para a defesa aérea e reconhecimento com o surgimento de aviônicos mais compactos. Foram realizadas diversas modernizações por seus operadores e muitos ainda se encontram operacionais.

Mirage 50

No final da década de 60, a Dassault resolveu criar uma nova versão melhorada do caça Mirage 5, recebendo o nome de Mirage 50. Esta aeronave era um caça mais moderno, equipado com sistemas eletrônicos mais sofisticados e vinha também com o motor Snecma Atar 9K 50 turbo-jet, mais potente que os motores dos Mirages antecessores. Poderia vir equipado com os radares Thomson CSF Cyrano IV que equipava os caças Mirage F1 ou pelo radar Agave utilizados pelos Super-Etendard. Apesar de ser um caça mais moderno e versátil, o projeto passou a sentir o peso da idade e apenas as Forças Aéreas do Chile e da África do Sul acabaram comprando estas aeronaves enquanto a Força Aérea da Venezuela optou por modernizar suas aeronaves antigas para este novo padrão.

Utilização em Combate

Variantes

Mirage 5BR da Força Aérea da Bélgica

O Programa de atualização do Mirage 5 ROSE

Um Mirage 5MA chileno

O programa ROSE foi lançado pela empresa francesa SAGEM com objetivo de atualizar os caças Mirage III e Mirage 5 da Força Aérea do Paquistão (PAF). As atualizações foram feitas em 3 estágios: ROSE-I, ROSE-II e ROSE-III. Cerca de 42 Mirage III sofreram atualizações ROSE, incluindo a instalação dos radares Grifo M - o que deu aos caças da PAF capacidade BVR. Já no programa ROSE-II, pelo menos 40 Mirage 5 da PAF foram modernizadas com cockpits digitais e pods de Visão Frontal Infravermelho possibilitando aos caças a utilização de bombas H guiadas com precisão. O programa Mirage ROSE-III é a atualização da versão ROSE-II. A Força Aérea do Paquistão possuem 14 aeronaves ROSE-III em serviço.

Derivados

Operadores

Relação de países onde o Mirage V está ou já esteve em operação:

Aviões Similares

Notas

  1. Donald and Lake 1996, p. 129.

Referências

  1. «Dassault Mirage V». Consultado em 20 de junho de 2009. Arquivado do original em 15 de junho de 2009 

Bibliografia

Ligações externas

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