Edmund Husserl
Edmund Husserl
Edmund Husserl (c. 1900)
Nome completo Edmund Gustav Albrecht Husserl
Escola/Tradição Fenomenologia
Data de nascimento 8 de abril de 1859
Local Proßnitz
Morte 27 de abril de 1938 (79 anos)
Local Friburgo em Brisgóvia
Principais interesses Epistemologia, lógica, ontologia, matemática
Ideias notáveis Epoché, Noema, Noesis, Redução eidética, Experiência antepredicativa
Trabalhos notáveis Investigações lógicas
Ideias Para uma Fenomenologia Pura e Para uma Filosofia Fenomenológica
Meditações cartesianas
A crise das ciências europeias e fenomenologia transcendental
Era Filosofia do século XX
Influências Descartes, Brentano, Stumpf, Bolzano, Leibniz, Riemann, Lotze, Immanuel Kant
Influenciados Praticamente toda a filosofia ocidental subsequente, especialmente Martin Heidegger, Max Scheler, Adolf Reinach, Edith Stein, Emmanuel Levinas, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Alfred Schütz, Roman Ingarden, , Kurt Gödel, Papa João Paulo II, Rudolf Carnap, Jacques Derrida, Leszek Kołakowski, José Ortega y Gasset, Eugen Fink, Hans Blumenberg, Robert Brandom, Bernard Stiegler, Ludwig Landgrebe, Jean-Luc Marion, Jan Patočka, Dallas Willard, Michel Henry, Viktor Frankl, Xavier Zubiri, Hans Köchler, Hermann Weyl, Gabriel Marcel, Rudolf Carnap, Wilfrid Sellars, Hilary Putnam, Gilbert Ryle

Edmund Gustav Albrecht Husserl (alemão: [ˈhʊsɐl]; Proßnitz, 8 de abril de 1859Friburgo em Brisgóvia, 27 de abril de 1938) foi um filósofo e matemático alemão[1][2] fundador da escola da fenomenologia. O pensamento de Husserl influenciou profundamente todo o cenário intelectual do século XX e XXI.[3]

Ele rompeu com a orientação positivista da ciência e da filosofia de sua época e elaborou críticas ao historicismo e ao psicologismo na lógica. Em seu trabalho maduro, ele procurou desenvolver uma ciência sistemática baseada na chamada redução fenomenológica. Argumentando que a consciência transcendental estabelece os limites de todo conhecimento possível, Husserl redefiniu a fenomenologia como uma filosofia transcendental-idealista.

Apesar de ter nascido em uma família de origem judaica, em 1886 Husserl foi batizado como luterano. Ele estudou matemática nos termos de Karl Weierstrass e Leo Königsberger e filosofia a partir das ideias de Franz Brentano e Carl Stumpf. O próprio Husserl ensinou filosofia como Privatdozent (professor não remunerado) na Universidade de Halle-Wittenberg em 1887. Posteriormente, estabeleceu-se como professor, primeiro na Universidade de Gotinga em 1901, depois na Universidade de Friburgo, de 1916 até sua aposentadoria, em 1928. Posteriormente, ele apresentou duas palestras que, mais tarde, tornaram-se memoráveis: uma em Paris, em 1929, e a outra em Praga em 1935. As leis raciais do regime nazista de 1933 tiraram sua situação acadêmica e privilégios. Após sofrer de pleurisia, ele morreu em Friburgo, em 1938.[4]

Biografia

Nasceu numa família judaica numa pequena localidade da Morávia (região da atual República Checa). Husserl estudou inicialmente matemática nas universidades de Leipzig (1876) e Berlim (1878), seguindo as lições de Karl Weierstrass e Leopold Kronecker. Em 1881, vai a Viena para estudar sob a direção de Leo Königsberger (antigo aluno de Weierstrass), obtendo seu doutorado em 1883, apresentando a tese Beiträge zur Variationsrechnung ("Contribuições ao cálculo das variações").[5][6]

Formou-se em 1884 em filosofia, na Universidade de Viena. À época o filósofo Brentano impressionou Husserl, que a partir de então decidiu dedicar sua vida à filosofia. Em 1886, Husserl vai à Universidade de Halle, indicado por Brentano para a habilitação sob a tutoria de Carl Stumpf. Sob a direção de Stumpf, Husserl escreveu Über den Begriff der Zahl ("Sobre o Conceito do Número", 1887) cujos arquivos fornecerão as bases de sua primeira obra importante, Philosophie der Arithmetik ("Filosofia da Aritmética", 1891). Em 1887, Husserl converte-se ao cristianismo e junta-se à Igreja Luterana. Começa ensinando filosofia em Halle como tutor (Privatdozent) em 1887.[5]

Nessas primeiras pesquisas, Husserl tenta combinar matemática com a filosofia empírica pela qual tinha sido iniciado em Viena. Seu objetivo central será contribuir no fornecimento de fundações sólidas para a ciência matemática. O tema de seu estudo será a análise dos processos mentais necessários para a formação do conceito de número; baseado em suas próprias análises, bem como nos métodos atípicos de seus professores, tentará projetar a possibilidade de uma teoria sistemática. Em relação ao ensino de Karl Weierstrass,[5] Husserl tenta derivar a ideia de que o conceito de número se obtém por um "desconto" de certas coleções de objetos; em respeito a Brentano-Stumpf, Husserl desenvolve a distinção entre as noções de presentações próprias e impróprias. Temos uma presentação própria quando o objeto está "atualmente" presente (no campo de vista, contexto ou intuição). Imprópria (ou simbólica, como também é referida), se podemos indicá-lo somente através de signos, símbolos etc. Nas Investigações Lógicas, de 1901, a IIIª Investigação foi interpretada como o início da teoria simbólica dos todos e suas partes, também referida como meronímia (um ramo da ontologia formal).[5]

O edifício residencial dos Husserls em Freiburg

Outro elemento importante herdado por Brentano foi a noção de intencionalidade, que define a forma essencial dos processos mentais. Uma definição simples dirá que a principal característica da consciência é a de ser, sempre, intencional. A consciência sempre é consciência de alguma coisa: a análise intencional e descritiva da consciência definirá as relações essenciais entre atos mentais e mundo externo. Mas, para Brentano, o objetivo era gerar, com métodos empíricos (apoiando-se na introspecção pura), um critério-chave que pudesse caracterizar os fenômenos psíquicos em oposição aos fenômenos físicos, distinção cujo objetivo fora legitimar uma ciência psicológica nova, livre de preconceitos (Psychologie vom empirischen Standpunkt, 1874).[5]

Para Brentano, todo ato mental tem seus conteúdos, caracterizados por sua direção a um objeto ("objeto intencional"). Toda crença, desejo, tem, necessariamente, seus objetos: o desejado, o acreditado etc. Brentano usou da expressão "inexistência intencional" para indicar o status, na mente, dos objetos do pensamento. Com a noção de intencionalidade, o filósofo austríaco propôs um conjunto de traços que distinguiriam de maneira perfeitamente empírica os fenômenos psíquicos dos fenômenos físicos: para Brentano, fenômenos físicos não têm intencionalidade.[7] O desenvolvimento e a crítica do conceito brentaniano aparece como o motivo permanente, central, da obra de Edmund Husserl. A principal diferença, em sua interpretação da noção de intencionalidade, aparece na crítica de seu modo inexistente ("inexistência" como existência "interna"): a transcendência necessária da mente e do discurso, a objetividade óbvia e no entanto contraditória do porvir científico e histórico, a objetividade radical, constituidora, da subjetividade formarão a marca do trabalho do primeiro fenomenologista, e seus elementos próprios de fascinação.[7]

Husserl continua em Göttingen como professor em 1901 e, mais tarde, em Friburgo (Freiburg am Breisgau) em 1916.[8]

Alguns anos após a publicação de sua principal obra, as Logische Untersuchungen (Investigações Lógicas; primeira edição, 1900-1901), Husserl elaborou alguns conceitos-chave que o levaram a afirmar que, para estudar a estrutura da consciência, seria necessário distinguir entre o ato de consciência e o fenômeno ao qual ele é dirigido (o objeto-em-si, transcendente à consciência). O conhecimento das essências seria possível apenas se "colocamos entre parênteses" todos os pressupostos relativos à existência de um mundo externo. Este procedimento ele denominou epoché. Estes novos conceitos provocaram a publicação de Ideen (Ideias) em 1913, no qual eles foram, pela primeira vez, incorporados, e um plano para uma segunda edição das Logische Untersuchungen.[8]

Placa comemorativa dedicada a Husserl em Prostějov, sua cidade natal, localizada na Chéquia.

A partir de Ideen, Husserl se concentrou nas estruturas ideais, essenciais da consciência. O problema metafísico de estabelecer a realidade material daquilo que percebemos era de pequeno interesse para Husserl (diferentemente do que ocorria quando ele tinha que defender repetidamente sua posição a respeito do idealismo transcendental, que jamais propôs a inexistência de objetos materiais reais).[9] Husserl propôs que o mundo dos objetos e modos nos quais dirigimo-nos a eles e percebemos aqueles objetos é normalmente concebido dentro do que ele denominou "ponto de vista natural", caracterizado por uma crença de que os objetos existem materialmente e exibem propriedades que vemos como suas emanações.[10] Husserl propôs um modo fenomenológico radicalmente novo de observar os objetos, examinando de que forma nós, em nossos diversos modos de ser intencionalmente dirigidos a eles, de fato os "constituímos" (para distinguir da criação material de objetos ou objetos que são mero fruto da imaginação); no ponto de vista Fenomenológico, o objeto deixa de ser algo simplesmente "externo" e deixa de ser visto como fonte de indicações sobre o que ele é (um olhar que é mais explicitamente delineado pelas ciências naturais), e torna-se um agrupamento de aspectos perceptivos e funcionais que implicam um ao outro sob a ideia de um objeto particular ou "tipo".[9]

A noção de objetos como real não é removida pela fenomenologia, mas "posta entre parênteses" como um modo pelo qual levamos em consideração os objetos em vez de uma qualidade inerente à essência de um objeto fundada na relação entre o objeto e aquele que o percebe. Para melhor entender o mundo das aparências e objetos, a fenomenologia busca identificar os aspectos invariáveis da percepção dos objetos e empurra os atributos da realidade para o papel de atributo do que é percebido (ou um pressuposto que perpassa o modo como percebemos os objetos).[9]

Em um período posterior, Husserl começou a se debater com as complicadas questões da intersubjetividade (especificamente, como a comunicação sobre um objeto pode ser suposta como referindo-se à mesma entidade ideal) e experimenta novos métodos para fazer entender aos seus leitores a importância da Fenomenologia para a investigação científica (especificamente para a psicologia) e o que significa "pôr entre parênteses" a atitude natural. A Crise das Ciências Europeias é o trabalho inacabado de Husserl que lida mais diretamente com estas questões. Nele, Husserl, pela primeira vez, busca um panorama histórico do desenvolvimento da filosofia ocidental e da ciência, enfatizando os desafios apresentados pela sua crescente (unilateral) orientação empírica e naturalista. Husserl declara que a realidade mental e espiritual possui sua própria realidade independente de qualquer base física e que a ciência do espírito (Geisteswissenschaft) deve ser estabelecida sobre um fundamento tão científico como aquele alcançado pelas ciências naturais.[11]

A casa em que Husserl viveu Freiburg de julho de 1937 até sua morte em 27 de abril de 1938

A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental[12] foi a última obra de Husserl, a qual se dividiu em três partesː (1) "A crise das ciências como expressão da crise radical da vida da humanidade europeia", correspondendo aos parágrafos 1 a 7; (2) "A origem do contraste moderno entre objetivismo fisicalista e subjetivismo transcendental", correspondendo aos parágrafos 8 a 27; (3) "Esclarecimento do problema transcendental e a inerente função da psicologia", a qual inclui as partes "A" (A via de acesso à filosofia transcendental fenomenológica por meio da reconsideração do mundo-da-vida já dado) e "B" (A via de acesso à filosofia transcendental fenomenológica a partir da psicologia), correspondendo, respetivamente, aos parágrafos 28 a 55 e 56 a 73.[12]

Aposentou-se em 1928. Como aposentado, Husserl continua suas pesquisas e atividades nas instituições de Friburgo, até ser definitivamente demitido como "não-ariano", por Robert Wagner, governador de Baden, em 6 de abril de 1933.[13] Husserl recebeu a comunicação em 14 de abril. É infundado o rumor que Heidegger o tenha demitido ou lhe participado a demissão, uma vez que tomou posse como reitor da Universidade de Friburgo mais tarde, no dia 22 de abril.[14] Como resultado da legislação antissemita aprovada pelos nazistas em abril de 1933, foi negado, ao professor Husserl, o acesso à biblioteca de Freiburg. Heidegger retirou a dedicatória a Husserl de seu mais conhecido trabalho Ser e Tempo (Sein und Zeit), quando este foi reeditado em 1941.[15][16]

Faleceu aos 79 anos e foi sepultado em Günterstal, em Friburgo em Brisgóvia, em Baden-Württemberg, na Alemanha.[17]

Legado

Martin Heidegger foi o mais famoso e influente dos alunos de Husserl.

Edmund Husserl foi um dos filósofos contemporâneos mais influentes de toda filosofia ocidental. Seu pensamento impactou praticamente toda a filosofia subsequente, estendendo-se ainda para os campos da psicologia, matemática, lógica, dentre outros.[3] Em 1939, os manuscritos de Husserl, que somavam aproximadamente 40 000 páginas taquigrafadas e sua pesquisa bibliográfica completa, que estavam ameaçados de serem destruídos pelos nazistas, foram, clandestinamente, transportados pelo padre franciscano Herman Van Breda e depositados no Instituto de Filosofia da Katholieke Universiteit Leuven, em Leuven, na Bélgica, onde foram criados os Arquivos de Husserl. Muito do material encontrado em suas pesquisas manuscritas foi publicado na série de edições críticas Husserlianas.[18]

Martin Heidegger foi o mais conhecido dos alunos de Husserl, aquele que Husserl escolheu como seu sucessor em Freiburg. A magnum opus de Heidegger, Ser e Tempo, foi dedicada a Husserl. Eles compartilharam seus pensamentos e trabalharam lado a lado por mais de uma década na Universidade de Freiburg, com Heidegger sendo assistente de Husserl entre os anos de 1920 a 1923. Os primeiros trabalhos de Heidegger seguiram seu professor, mas com o tempo ele começou a desenvolver suas próprias percepções, afastando-se de Husserl.[19] O trabalho de Heidegger desenvolve-se essencialmente para uma fenomenologia ontológica centrada na questão do ser, enquanto o de Husserl expõe uma fenomenologia transcendental organizada em torno dos conceitos metódicos de redução e intencionalidade que não se encontram como tal em Heidegger. De qualquer forma, durante boa parte do convívio entre os filósofos, eles foram tão próximos que, segundo Hans-Georg Gadamer, que foi aluno de ambos, Husserl disse, durante o período entreguerras, a seguinte frase: "Fenomenologia é Heidegger e eu".[20]

Max Scheler conheceu Husserl em Halle em 1901 e encontrou em sua fenomenologia um avanço metodológico para sua própria filosofia. Embora Scheler posteriormente tenha criticado a abordagem lógica idealista de Husserl e proposto uma "fenomenologia do amor", ele afirma que permaneceu "profundamente grato" a Husserl ao longo de sua obra.[21]

Edith Stein foi aluna de Husserl em Göttingen e Freiburg enquanto escrevia sua tese de doutorado. Ela então se tornou sua assistente em Freiburg em 1916-1918. Mais tarde, ela adaptou sua fenomenologia ao tomismo moderno.[22] O mesmo movimento pode-se notar em Karol Józef Wojtyła, que se tornou Papa com o nome de Papa João Paulo II. João Paulo II ensinou seus alunos, como bispo auxiliar, Tomás de Aquino, Heidegger e Husserl. Em seus trabalhos ele tentou conciliar a filosofia de Santo Tomás com a fenomenologia.[23]

Edith Stein, canonizada como Santa Teresa Benedita da Cruz, foi aluna e assistente de Husserl.

Husserl influenciou especialmente autores franceses do século XX[24] como Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Paul Ricœur, Michel Henry, Gabriel Marcel, Emmanuel Levinas, Jean-Luc Marion e Jacques Derrida.[6]

Roman Ingarden, aluno de Husserl, é considerado o fundador da estética fenomenológica. Destaca-se em sua obra a ontologia da obra de arte e sua reflexão sobre o status dos valores estéticos.[25]

Dentre seus alunos, destaca-se ainda Alfred Schütz, futuro fundador de uma "sociologia fenomenológica", na qual Husserl depositou grandes esperanças, chegando a sugerir que Schütz se tornasse seu assistente.[26]

Eugen Fink foi o colaborador mais próximo de Husserl durante as décadas de 1920 e 1930. Ele escreveu a Sexta Meditação Cartesiana, que Husserl disse ser a mais verdadeira expressão e continuação de seu próprio trabalho.[6]

Kurt Gödel é conhecido por ter lido Meditações cartesianas. Ele expressou um grande apreço pelo trabalho de Husserl, especialmente no que diz respeito da "epoché".[6]

José Ortega y Gasset visitou Husserl em Freiburg em 1934. Ele atribuiu à fenomenologia o fato de o ter 'libertado' de um estreito pensamento neokantiano.[27]

O interesse do matemático Hermann Weyl pela lógica intuicionista e pela noção de impredicatividade teria resultado de contatos com Husserl.[6] Na verdade, a impulsão primeira da lógica positivista, bem como seus desenvolvimentos mais recentes, seriam estreitamente tributários da crítica de certos aspectos da filosofia de Husserl pelas filosofias britânica e americana.[3]

Lista de obras

Husserlianas

Os escritos de Husserl são geralmente citados na Husserlianas.

Husserliana: Edmund Husserl – Gesammelte Werke (Kritische Edition). Publicado pelo Husserl Archive Leuven com base na propriedade. Nijhoff, Haia, ou Dordrecht / Boston / Lancaster, 1950 ss., agora: Springer, Berlim 2008: 42 volumes.

Husserliana: Materiais. Editado por Elisabeth Schuhmann, Michael Weiler e Dieter Lohmar, Dordrecht 2001 ss.

Husserliana: Documentos. Haia/Dordrecht 1977 e segs.

Escritos publicados durante a vida de Husserl

Outras edições

Referências

  1. Inwood, M. J. (2005). Honderich, Ted, ed. The Oxford Companion to Philosophy (em inglês). Oxford: Oxford University Press. p. 408. ISBN 0-19-926479-1 
  2. Solomon, Robert C. (1999). Audi, Robert, ed. The Cambridge Dictionary of Philosophy (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press. p. 403. ISBN 0-521-63722-8 
  3. a b c «Edmund Husserl in Stanford Encyclopedia of Philosophy» (em inglês). Stanford 
  4. Smith, D.W. (2007). Husserl. pp xiv
  5. a b c d e Joseph J. Kockelmans, "Biographical Note" per Edmund Husserl, at 17–20, in his edited Phenomenology. The Philosophy of Edmund Husserl and Its Interpretation (Garden City NY: Doubleday Anchor 1967).
  6. a b c d e «Husserl Page: Husserl's Biography in Brief». www.husserlpage.com 
  7. a b Peter Simons (professor), Parts: A Study in Ontology, Oxford University Press 
  8. a b Cf., "Illustrative extracts from Frege's Review of Husserl's Philosophie der Arithmetik", translated by P.T.Geach, at 79–85, in Peter Geach and Max Black, editors, Translations from the Philosophical Writings of Gottlob Frege (Oxford: Basil Blackwell 1977).
  9. a b c Ricoeur, Husserl (1967) at 25–27. Ideen does not address the problem of solipsism. Ricœur (1967) at 31.
  10. Husserl, Ideen (1913), translated as Ideas (1931), e.g., at 161–165.
  11. Crisis of European Humanity, Pt. II, 1935
  12. a b Die Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzendentale Phänomenologie
  13. Detmer, David (2013). Phenomenology Explained: From Experience to Insight. Chicago: Open Court. 31 páginas 
  14. Moran, Dermont e Cohen, Joseph (2012). The Husserl Dicitonary. Nova York: Continuum. 17 páginas 
  15. Spiegelberg, Herbert (1971). The Phenomenological Movement. A historical introduction. The Hague: Martinus Nijhoff, 2d ed. ISBN 9024702399. Vol. I. pp. 281–283. "Around this time, Husserl also began to refer to Heidegger and Scheler as his philosophical antipodes." Spiegelberg (1970) at p. 283.
  16. Husserl, Edmund (1997). Psychological and Transcendental Phenomenology and the Confrontation with Heidegger (1927–1931), translated by T. Sheehan and R. Palmer. Dordrecht: Kluwer. ISBN 0792344812, which contains his "Phänomenologie und Anthropologie" at pp. 485–500.
  17. Edmund Husserl (em inglês) no Find a Grave
  18. Ku Leuven. Disponível em https://hiw.kuleuven.be/hua. Acesso em 9 de junho de 2016.
  19. The multivalent, including the "horrifying", aspects of Heidegger in a parallel context are recounted in Peter Eli Gordon, Rosensweig and Heidegger: Between Judaism and German Philosophy (University of California 2003) at 13–14 (Heidegger and Rosensweig's early "kinship" with him). Gordon, "Preface" (2003) at xix.
  20. Hans-Georg Gadamer (2002). Vrin, ed. Les Chemins de Heidegger. Col: Textes Philosophiques (em francês). Paris: [s.n.] p. 38. ISBN 2-7116-1575-8 .
  21. John Raphael Staude, Max Scheler (New York: Free Press 1967) at 19–20, 27–28.
  22. Edith Stein, Reinach as a Philosophical Personality [Selection from her memoirs] xxvii–xxix, at xxvii, in Aletheia, III (1985).
  23. p. 107 por Mieczyslaw Malinski, Mon ami Karol Wojtyla, Éditions Le Centurion, 1980 (ISBN 978-2-227-34603-1)
  24. Daniel Moreau, «Compte rendu-Agata Zielinski.Lecture de Merleau-Ponty et Levinas : le corps, le monde, l’autre-PUF,2002», sur érudit, 2003, p. 615–618
  25. Dziemidok, Bohdan; McCormick, Peter (1989). On the Aesthetics of Roman Ingarden: Interpretations and Assessments. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers. pp. 13, 101. ISBN 978-94-010-7511-4 
  26. Alfred Schütz, Éléments de sociologie phénoménologique, Introduction et traduction par Thierry Blin, Paris, L'Harmattan, coll. Logiques Sociales, 1998, p. 8
  27. Spiegelberg, Herbert and Schuhmann, Karl (1982). The Phenomenological Movement. Springer. pp. 658–659.

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