Edward Bernays | |
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Bernays 1917 | |
Nome completo | Edward Louis Bernays |
Nascimento | 22 de novembro de 1891 Viena, Áustria-Hungria |
Morte | 9 de março de 1995 (103 anos) Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos |
Nacionalidade | austríaco norte-americano |
Parentesco | Sigmund Freud (tio) Martha Bernays (tia) Isaac Bernays (bisavô) Marc Randolph (sobrinho-neto) |
Ocupação | Relações públicas, publicitário |
Edward Louis Bernays (Viena, 22 de novembro de 1891 – Cambridge, 9 de março de 1995), foi um pioneiro austro-americano no campo das relações públicas e da propaganda, referenciado como "pai das relações públicas".[1]
Sua forma de trabalho se baseava no princípio de que as pessoas são irracionais, suas decisões e ações são manipuladas facilmente, Bernays aplicava isso na construção de propaganda. Ele possuía uma visão negativa sobre a capacidade dos indivíduos de serem autônomos em relação aos seus desejos e impulsos imediatos, os quais ele considerava como biológicos e instintivos. Ele acreditava que a propaganda era a forma de direcionar essas pessoas para o caminho mais adequado. Em suas obras, como "The Engineering of Consent" (1947) e "The Minority Rules" (1927), ele defendia que a massa cega precisava ser guiada pelos propagandistas, que eram a minoria responsável por conduzir esses grupos para uma sociedade melhor.[2]
Bernays foi citado pela revista Life como um dos 100 americanos mais influentes do século XX.[3] Combinou as ideias de Gustave Le Bon e Wilfred Trotter com as ideias psicológicas de Sigmund Freud, seu tio.
Em 1938, Bernays e Ferdinand Lundberg participaram de um debate na Revista The Forum acerca da influência — positiva ou negativa — que os grandes veículos propagandistas de seu tempo poderia ter no bom desenvolvimento da democracia. Para ele a propaganda é um instrumento fundamental para a democracia pois melhora o entendimento das populações, que pelo acesso as informações selecionadas pela minoria responsável teriam melhores condições de opinar nas decisões da sociedade.
Bernays considerava a propaganda como um reflexo da solidificação da democracia, que no ponto de vista dele era o principal veículo para a liberdade de expressão. Ele acreditava que liberdade que deveria ser garantida pelos regimes democráticos, porque proporcionava a livre apresentação, discussões e descarte de ideias, posicionamentos e opiniões pertinentes ao debate público.[2]