Edward Dmytryk
Edward Dmytryk
Nome completo Edward Dmytryk
Nascimento 4 de setembro de 1908
Grand Forks, Colúmbia Britânica
Nacionalidade Canadá canadense
Morte 1 de julho de 1999 (90 anos)
Encino, Los Angeles
Ocupação Diretor de cinema e editor
Atividade 1929–1979
Cônjuge Madeleine Robinson (1932–47) (divorciados)
Jean Porter (1948–99) (até sua morte)
Outros prêmios
Melhor filme do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián
1965

Edward Dmytryk (Grand Forks, Colúmbia Britânica, 4 de setembro de 1908Encino, Califórnia, 1 de julho de 1999) foi um cineasta canadense que fez carreira no cinema estadunidense.

Carreira

Filho de imigrantes ucranianos, Dmytryk cresceu em San Francisco e aos quinze anos já era projecionista na Paramount. Tornou-se montador no início do cinema sonoro e em 1935 dirigiu seu primeiro filme, The Hawk. Na década de 1940, filmou thrillers e dramas de guerra em preto-e-branco, com orçamentos apertados. Segundo a crítica, este é seu período mais criativo, com destaque para O Farol dos Espias (Seven Miles from Alcatraz, 1942), estrelado por James Craig, Os Filhos de Hitler (Hitler's Children, 1943), com o mocinho de faroestes B Tim Holt, Espírito Indomável (Back to Bataan, 1945), com John Wayne, Acossado (Cornered, 1946), com Dick Powell e Rancor (Crossfire, 1947), com Robert Mitchum, que lhe valeu sua única indicação para o Oscar de direção e a primeira para melhor filme. Seu trabalho mais significativo nesse período, no entanto, é Até a Vista, Querida (Murder, My Sweet, 1944), esplêndida adaptação do romance "Adeus, Minha Adorada (Farewell, My Lovely), de Raymond Chandler, com memorável atuação de Dick Powell.

Quando tudo parecia ir bem, a carreira de Dmytryk sofreu um revés: em 1947 foi acusado de ser comunista pelo Comitê de Atividades Anti-Americanas, do Senado estadunidense. Com isso, ele foi demitido pelo estúdio RKO e refugiou-se na Inglaterra, onde fez três filmes. Condenado pelo Comitê, retornou aos Estados Unidos para cumprir uma sentença de seis meses, em 1950. No ano seguinte, foi alvo de novos interrogatórios e há indícios de que tenha citado o nome de diversos colegas, episódio que o tornou marcado para sempre como delator.

Reabilitado pela indústria cinematográfica hollywoodiana, Dmytryk voltou a trabalhar, agora em produções de primeira classe, geralmente em cores e em Cinemascope. Ainda rodou algumas películas de impacto, como A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, 1954), com Humphrey Bogart, A Lança Partida (Broken Lance), estrelada por Spencer Tracy e A Árvore da Vida (The Raintree County, 1957), com Elizabeth Taylor; porém, a despeito dos largos orçamentos, seus filmes foram perdendo paulatinamente o brilho e a inspiração. Os Deuses Vencidos (The Young Lions, 1958), drama de guerra com Marlon Brando e Minha Vontade É Lei (Warlock, 1959), western com Henry Fonda, são os últimos a apresentar traços do antigo vigor criativo.

Dmytryk só parou de filmar nos anos 1970. Em 1978 publicou sua autobiografia It's a Hell of a Life, But Not a Bad Living. Morreu vítima de insuficiência cardíaca e renal.[1][2]

Filmografia

Todos os títulos em português referem-se a exibições no Brasil. Estão listados somente os longa-metragens.[3]

Referências

  1. QUILAN, David, The Illustrated Guide to Film Directors, Londres: B. T. Batsford Ltd., 1983 (em inglês)
  2. FINKLER, Joel W., The Movie Directors Story, Nova Iorque: Crescent Books, 1985 (em inglês)
  3. FILHO, Rubens Ewald (2002). Dicionário de Cineastas. São Paulo: Companhia Editora Nacional 

Ligações externas