Ernst Mach | |
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Ernst Mach em 1905 | |
Número de Mach, bandas de Mach, seu livro "A ciência da mecânica" e seus trabalhos em filosofia da física | |
Nascimento | 18 de fevereiro de 1838 Brno |
Morte | 19 de fevereiro de 1916 (78 anos) Vaterstetten |
Residência | Vaterstetten |
Sepultamento | Nordfriedhof (Munique) |
Cidadania | Reino da Boémia |
Cônjuge | Ludovica Aloisia Carolina Marussig |
Filho(a)(s) | Ludwig Mach |
Alma mater | Universidade de Viena |
Ocupação | físico, filósofo, pedagogo, professor, fotógrafo, político |
Prêmios | |
Empregador(a) | Universidade de Viena, Universidade de Graz, Universidade Carolina |
Orientador(a)(es/s) | Andreas von Ettingshausen[1] |
Orientado(a)(s) | Heinrich Gomperz, František Koláček, Ottokar Tumlirz |
Instituições | Universidade de Graz, Universidade Carolina, Universidade de Viena |
Campo(s) | física |
Tese | 1860: Über elektrische Entladung und Induktion |
Movimento estético | filosofia ocidental |
Religião | ateísmo |
Causa da morte | câncer colorretal |
Assinatura | |
Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach (Brno, 18 de fevereiro de 1838 — Vaterstetten, 19 de fevereiro de 1916) foi um físico e filósofo austríaco.[2]
De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Depois (1867-1895) lecionou física na Universidade Carolina, quando opôs-se à introdução da língua tcheca como idioma oficial na mesma universidade, alinhando-se entre os partidários da dominação alemã na região. De 1895 a 1901 foi o titular da cadeira de história e teoria da ciência indutiva na Universidade de Viena. Em 1901, após abandonar o ensino, foi nomeado membro da Câmara dos Pares pelo imperador da Áustria.
Suas obras filosóficas e científicas exerceram profunda influência no pensamento do século XX. Seus primeiros livros contêm os fundamentos de uma nova teoria filosófica, o empirocriticismo. Defendeu uma concepção positivista: nenhuma proposição das ciências naturais é admissível se não for possível verificá-la empiricamente.
Os rigorosos critérios de verificação que utilizou conduziram à eliminação não só dos conceitos metafísicos da física teórica (como éter, substância, espaço e tempo absolutos, etc.), mas também dos conceitos de moléculas e átomos (ou seja, da hipótese que afirmava a existência de um elemento estrutural básico da matéria).
Seguindo a linha de pensamento formulada por David Hume, Mach nega-se a se pronunciar sobre a natureza da realidade (se psíquica ou física) para permanecer no plano fenomênico. Para Mach, todas as afirmações empíricas (incluindo as científicas) poderiam ser reduzidas a afirmações sobre as sensações. O caráter de qualquer lei científica é apenas o descritivo. A escolha entre hipóteses igualmente plausíveis e relativas ao mesmo fato seria uma questão de economia de pensamento. Sua visão positivista foi uma das fontes do positivismo lógico, posteriormente elaborado pelo Círculo de Viena.
Mach esteve profundamente envolvido nas revoluções na física, embora se mantendo um crítico da nova física, tanto como ele tinha sido da antiga. Tanto Max Planck quanto Albert Einstein o homenagearam por ter sido a pessoa que criou uma cultura de crítica dentro da qual se desenvolveram as ideias deles. No entanto, eles também vieram a criticar o que eles viram como a recusa inflexível de Mach em aceitar essas novas ideias.