Estreitos Turcos (em turco: Türk Boğazları) é um termo que se refere a dois estreitos no noroeste da Turquia, que ligam o mar de Mármara ao braço egeu do mar Mediterrâneo, de um lado, e ao mar Negro, no outro. São considerados convencionalmente como a fronteira entre os continentes da Europa e Ásia. Os Estreitos Turcos são considerados como estando em águas internacionais, governadas desde 1936 pela Convenção de Montreux.
Os estreitos possuem importância estratégica crucial desde os tempos da Guerra de Troia, que foi disputada próximo à entrada do Egeu. Nos últimos dias do Império Otomano, a "Questão dos Estreitos" envolveu diplomatas da Europa e da Turquia.
Pelos termos da Convenção de Londres, assinada em 13 de julho de 1841 entre as Grandes Potências da Europa - Rússia, Reino Unido, França, Áustria e Prússia - a "antiga regra" do Império Otomano foi restabelecida, fechando os Estreitos Turcos a todos os navios de guerra, exceto àqueles dos aliados do sultão, durante períodos de guerra. Isto beneficiou o poder naval britânico, às custas das forças militares russas, que perderam o acesso de sua marinha ao Mediterrâneo.[1]
O tratado foi apenas um de uma série que lidou com o acesso ao Bósforo, ao mar de Mármara e ao Dardanelos; evoluiu a partir do Tratado de Hünkâr İskelesi (Unkiar Skelessi), assinado secretamente em 1833, no qual a Turquia otomana garantia o uso exclusivo dos estreitos às "Potências do mar Negro", isto é, a própria Turquia e a Rússia imperial, em caso de guerra.
O tratado que controla atualmente as relações internacionais nos estreitos ainda é a Convenção de Montreux.