Gazeta do Povo | |
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Periodicidade | semanal |
Formato | Revista |
Sede | Curitiba |
País | Brasil |
Fundação | 3 de fevereiro de 1919 (105 anos) |
Fundador(es) | Benjamin Lins e Oscar Joseph de Plácido e Silva[1] |
Idioma | Português |
A Gazeta do Povo (GP) é um jornal semanal com sede em Curitiba, no estado do Paraná. O periódico deixou de circular diariamente no formato impresso em 2017, mantendo suas notícias diárias no formato digital.. É considerado o maior jornal do Paraná e o mais antigo no estado, sendo publicado pela Editora Gazeta do Povo S.A., pertencente ao Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM).
De acordo com o jornal The Intercept, a partir de uma abrupta guinada de posição política, iniciada em 2015, o jornal teria se tornado um veículo do conservadorismo brasileiro.[2]
Foi fundado em 3 de fevereiro de 1919[3] pelo paraibano Benjamin Lins e o alagoano Oscar Joseph de Plácido e Silva, quando a sua primeira edição foi as ruas da cidade de Curitiba e região. Em 1962, o jornal foi comprado pelos sócios Francisco Cunha Pereira Filho e Edmundo Lemanski, transformando o periódico numa das principais empresas do Grupo Paranaense de Comunicação.[4]
Em 1 de dezembro de 2015, houve a primeira transformação física do periódico, quando anteriormente era impresso no formato Standard. Nesta data passou a ser vendido no formato Berliner com no máximo 48 páginas, reduzindo assim conteúdo e cadernos, e os suplementos eram oferecidos em separado na forma de revistas. Aos finais de semana, o jornal era impresso numa edição única com 88 páginas.[5]
Em 1° de junho de 2017,[6] ocorreu nova transformação editorial e física do jornal, quando passou a ser impresso e vendido no formato revista com a circulação semanal, ou seja, no dia 31 de maio deste ano, foi a última edição no formato jornal e de circulação diária.[7] Desta maneira, o grupo GRPCOM, dono do periódico, centralizou esforços na produção diária de informação e no consumo de conteúdo nos meios digitais, como no portal de notícias na internet e em dispositivos móveis.[8] Em 3 de setembro de 2020 foi anunciado que a edição semanal também seria interrompida, dando lugar a uma publicação mensal.[9][10]
Segundo o "Coletivo Bereira", a Gazeta do Povo teria veiculado diversos conteúdos desinformativos. De todas as 418 checagens realizadas pelo coletivo de 2019 a 2023, 33 (mais de 7%) se deram contra o jornal.[11]
Durante a eleição presidencial no Brasil em 2022, acatando a pedido do Partido dos Trabalhadores, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigiu que uma postagem no Twitter do jornal fosse removida, sob a justificativa de conter "informação evidentemente inverídica e prejudicial à honra e à imagem de candidato ao cargo de presidente da República nas eleições 2022". A postagem tratava de suposto apoio do candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao ditador nicaraguense Daniel Ortega.[12] A decisão foi criticada pela Associação Nacional de Jornais e outras entidades.
Em 2004 ganhou o Esso Regional Sul, concedido na Mauri König e Franco Iacomini, pela reportagem "Devorados pela Miséria".[13] Na noite de 17 de novembro de 2010 os jornalistas Katia Brembatti, Karlos Kohlbach, James Alberti e Gabriel Tabatcheik, da equipe de redação da G.P. receberam o Prêmio Esso de Jornalismo 2010 pelo trabalho "Diários Secretos", prêmio esse, inédito no jornalismo paranaense.[14]
Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
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2014 | "Pátria Amada Brasil" | Jornal Gazeta do Povo – Curitiba | Róbson Vilalba | Venceu[15] |
Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
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2018 | "Consumido pela escravidão" | Gazeta do Povo | Álvaro Rosa | Venceu[16] |
Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
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2004 | Conjunto de Fotos: "Devorados pela miséria" | Jornal Gazeta do Povo - Paraná | Albari Rosa da Silva | Venceu[17] |
A matéria intitulada "Império das Cinzas", produzida pelos jornalistas Mauri König, Diego Antonelli e Albari Rosa e publicada em março de 2014, recebeu, em 2015, o prêmio internacional "Global Shining Light Award".[18] O prêmio é organizado pela Global Investigative Journalism Network, uma associação de 118 organizações não governamentais (ONGs), de 54 países.[19] Em 2016 ganhou o prêmio de Liberdade de Imprensa da Associação Nacional de Jornais (ANJ).[20]
No entanto, o jornal continua sendo fonte de muito conteúdo desinformativo, conforme os dados de agências e projetos de checagem, entre eles o próprio Bereia. [...]