Geraldo Vietri | |
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A atriz Berta Zemel e o diretor Geraldo Vietri nos sets de gravação de Vitória Bonelli (1972). | |
Nascimento | 27 de agosto de 1927 São Paulo, ![]() |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 1 de agosto de 1996 (68 anos) São Paulo, São Paulo |
Ocupação | Diretor e dramaturgo |
Geraldo Vietri (São Paulo, 27 de agosto de 1927 — São Paulo, 1 de agosto de 1996) foi um cineasta e dramaturgo brasileiro.[1]
Como roteirista, iniciou sua carreira na TV Tupi em 1958, com Este Mundo É dos Loucos. Como autor e diretor do TV de Comédia, obteve prestígio e respeito.[1]
O escritor Vilmar Ledesma, autor da biografia Geraldo Vietri: Disciplina É Liberdade, compara a importância de Vietri para a TV brasileira à de Cecil B. DeMille para o cinema:
“ | Sabe quando um nome assume um certo ar de grandeza? Pois é assim com o de Geraldo Vietri que, aos meus ouvidos, soa como Cecil B. DeMille ou outras figuras míticas hollywoodianas. Deve ter sido o primeiro nome de novelista que relacionei à profissão, ainda menino, bem menino. Devo ter visto algum capítulo de Antônio Maria, mas não guardo na memória. De Nino, o Italianinho, sim, ficaram cenas inteiras, personagens, situações. Essa novela era acompanhada e adorada por toda minha família e eu, garoto de tudo, não fiquei imune ao estardalhaço que se refletia em capas de revistas e conversas, como se aqueles personagens existissem de verdade. | ” |
— Vilmar Ledesma, [2] |
Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, Este Mundo é dos Loucos, foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo viria a ser contratado para trabalhar no TV de Comédia, como autor e diretor.
Ainda da década de 50, Vietri começou a produzir telenovelas ainda não-diárias. Em Alma Cigana, Vietri atuou como diretor. Dois anos depois, escreveu A Inimiga, adaptação de um original argentino. Como autor de telenovelas, foi o que acumulou maior número de títulos.
Alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas Antônio Maria e Nino, o Italianinho, duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas, além destas duas, também escreveu Meu Rico Português, última novela a derrotar a Rede Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.
Outro grande sucesso foi Vitória Bonelli, intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título. Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri foi contratado por várias outras emissoras, dentre elas a Rede Bandeirantes, Rede Manchete e CNT.
Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, Senhora (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e Tiradentes, o mártir da Independência, do mesmo ano, com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na TV, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.
Vietri faleceu em 1º de agosto de 1996 vitimado por broncopneumonia.[3]
CNT
Rede Manchete
Rede Bandeirantes
TV Cultura
Rede Globo
TV Tupi
Argentina-Peru
Peru
Argentina