O International Standard Music Number (ISMN) é o número internacional que identifica unicamente as publicações de música escrita, já seja para a sua venda, aluguer, difusão gratuita ou a efeitos de direitos de autor.

Serve para racionalizar a elaboração e o tratamento das publicações de música escrita e seus respectivos dados bibliográficos, para as editoriais, o comércio de música e as bibliotecas.

A norma 10957:2009 define as regras básicas do sistema ISMN.

Antecedentes

Quando o ISBN demonstrou ser uma ferramenta de racionalização de grande utilidade para o comércio do livro, os editores de música se mostraram partidários também de um número padrão similar para a música impressa. Um factor de atraso na discussão foi a controvérsia de se um número de identificação simples poderia ser suficiente ou precisar-se-ia um código bibliográfico que representasse também, por exemplo, o enlace entre a partitura e as partes individuais. Quando a International Association of Music Libraries, Archives and Documentation Centres (IAML) —ramo do Reino Unido— apresentou à Agência International do ISBN uma proposta de um número de dez dígitos sem códigos bibliográficos, este sistema foi publicado na ISBN Review e imediatamente recebeu uma ampla aceitação. A ISO TC 46/SC 9 aceitou oficialmente a proposta como projecto de trabalho e um acordo entre editores e especialistas foi atingido numa reunião de experientes europeus e norte-americanos celebrada em Ottawa, após discussões a fundo.[1] O rascunho de ISMN foi examinado por grupos de trabalho de ISO num tempo recorde e esteve oficialmente disponível para finais de 1993, quando se fez público este regular em Genebra. Em princípio, o ISMN pode ser considerado como um ramo do ISBN.

Até o 1 de janeiro de 2008, um ISMN constava da letra M seguida por nove dígitos: M-2306-7118-7

O ISMN aumentou seu tamanho passando de 10 a 13 dígitos. É idêntico ao EAN-13, número que actualmente corresponde ao código de barras. Deste modo acrescenta-se o prefixo EAN 979 e o “M” é substituído pelo “0”.

A norma do ISMN revisou-se com o propósito de que fosse compatível com o ISBN de 13 dígitos, e com os sistemas de identificação mais utilizados como o EAN. Esta não só supõe um aumento do número de dígitos sina que brinda a possibilidade de realizar definições mais precisas na identificação das publicações electrónicas. Também dá a possibilidade de especificar os metadatos (informação descritiva) associados aos ISMN alocados.

'Harmonização com o ISBN-13' O regulamento que regula o ISBN (Número Internacional Padrão do Livro) estabelece como prefixo o 978, acrescentando que uma vez esgotado introduzir-se-á o 979. O ISMN terá atribuído por tanto o primeiro número dos 10 restantes, isto é o 979-0, deixando o resto ao ISBN.

Como se constitui o ISMN

O código numérico consta de 13 dígitos estruturados em 5 elementos, alguns dos quais são de longitude variável. Irá sempre precedido pelas siglas ISMN

Por exemplo: 979-0-2306-7118-7

979-0: composto pelo prefixo EAN 979 e o 0 (zero), dígito que identifica as publicações com ISMN, distinguindo de outros números padrão, como por exemplo o ISBN.

2306: prefixo editorial que identifica ao editor e é de largura variável. Aos editores com uma grande produção atribui-se-lhes números mais curtos que aos que publicam menos, os quais terão números de maior extensão. A quantidade de dígitos guarda relação com o seguinte elemento.

7118: identifica os itens ou publicações de uma obra disponíveis por separado. Este número é alocado pela editora.

7: dígito de validação que verifica que o número é correcto, sendo calculado matematicamente.

Alcance do ISMN

O Número Internacional Padrão para Música é um instrumento útil em todos os âmbitos relacionados com as publicações com anotação musical: elaboração, distribuição, venda e empréstimo. Por tanto, editores de música, comércio musical e bibliotecas são os principais beneficiários dos efeitos de racionalização do sistema ISMN.

Levarão ISMN:

Não terão alocado ISMN:

Como obter um ISMN

O editor solicita à agência um prefixo editorial que lhe identifique e lhe de a possibilidade de atribuir um número a suas publicações. Uma vez preenchida sua solicitação será a Agência Nacional a que lhe de um número, que virá determinado em função de sua produção editorial.

A Agência facilitar-lhe-á uma listagem com números que distribuirá o editor a suas publicações. Este preencherá um formulário por cada uma delas que deverá ser validado pela Agência Nacional.

No caso de autores editores ou instituições que editem pontualmente será a agência a que atribua um número a cada publicação.

Aplicação do ISMN

Deverá ser atribuído um ISMN próprio à cada edição diferente de uma obra. Também nos seguintes casos:

Uma impressão ou re-impressão não modificada do mesmo item no mesmo formato e pelo mesmo editor, não deve ter atribuído um novo ISMN, ao igual que as mudanças de preços não dão lugar à atribuição de um novo número. Nestes casos as modificações deverão de informar à Agência.

Publicações em vários tomos: Deverá ser atribuído um ISMN tanto ao conjunto dos tomos, bem como a cada tomo individual do conjunto.

Fundo editorial: Recomenda-se aos editores que numerem as anteriores edições e que publiquem esses ISMN em seus catálogos.

Direitos adquiridos a outros editores: Quando um editor, incluído um agente com direitos de venda exclusiva, tem adquirido os direitos de uma obra musical a outro editor e publica dita obra com seu próprio nome, atribuir-se-á a esta publicação um novo ISMN pelo novo editor. Se vários editores têm adquirido os direitos, a cada um deles para seu próprio território, a cada um deles atribuir-lhe-á seu próprio ISMN.

Administração do sistema ISMN

A administração do sistema ISMN realiza-se a três níveis. Estes níveis são o internacional, nacional ou regional, e o do editor.

Administração internacional

A administração internacional do sistema é realizada pela International Standard Music Number Agency, que tem uma equipa assessor que representa a ISO e às associações de editores de música e de bibliotecas musicais (por exemplo, a International Association of Music Libraries, Archives and Documentation Centres).

As funções principais da agência internacional são:

Ademais, a agência internacional oferece os seguintes serviços:

Administração nacional ou regional

A atribuição de identificadores de editor e o enlace com os editores em sistema ISMN costuma-se realizar por agências nacionais ou regionais. As funções de uma agência nacional ou regional são:

Referências

Ligações externas