John Dos Passos
John Dos Passos
Nome completo John Roderigo Dos Passos
Nascimento 14 de janeiro de 1896
Chicago,  Illinois
Estados Unidos
Morte 28 de setembro de 1970 (74 anos)
Baltimore,  Maryland
Estados Unidos
Residência Spence’s Point, Northern Neck of Virginia
Nacionalidade norte-americano
Cônjuge Katherine Smith (1929)

Elizabeth Hamlin (1 filha)

Ocupação Romancista, dramaturgo, poeta, jornalista, pintor, tradutor
Prémios Medalha de ouro na categoria de Ficção, pelo Instituto Nacional de Artes e Letras (1958)

Prêmio Antonio Feltrinelli (1967)

Movimento literário Modernismo, Lost Generation
Magnum opus Dinheiro graúdo

John Roderigo Dos Passos (Chicago, 14 de janeiro de 1896Baltimore, 28 de setembro de 1970) foi um romancista e pintor estadunidense, descendente de imigrantes portugueses originários da Madeira.[1]

Biografia

Escritor modernista norte-americano, John Roderigo Dos Passos nasceu em 1896, em Chicago. Oriundo de uma família de origem portuguesa, era fruto de uma relação ilegítima entre o seu pai, o advogado John Randolph Dos Passos, e Lucy Sprigg.[2][3]

Estudou na Choate School (atualmente Choate Rosemary Hall) em Wallingford, Connecticut em 1907, tendo viajado posteriormente com um professor particular numa viagem de 6 meses pela França, Inglaterra, Itália, Grécia e Médio Oriente para estudar arte clássica, arquitectura e literatura.[4]

Licenciou-se em Harvard em 1916, partindo depois para Espanha para estudar arte e arquitectura. Em 1917 voluntariou-se para se juntar às tropas americanas durante a Primeira Guerra Mundial, ao lado dos amigos E. E. Cummings e Robert Hillyer, como condutor de ambulâncias. Regressando aos Estados Unidos, publicou a sua primeira obra, One Man's Initiation, em 1919. Com Manhattan Transfer (1925), romance que retrata em episódios a vida na cidade de Nova Iorque, obteve o reconhecimento da crítica. Publicou ainda a trilogia U.S.A., incluindo The 42nd Parallel (1930), 1919 (1932) e The Big Money (1936).[5]

John Dos Passos e Hemingway tornaram-se amigos em Paris em 1923 (tendo-se conhecido brevemente quando conduziram ambulâncias em Itália em Junho de 1918). Tinham muitos amigos em comum, tendo Dos Passos casado com uma paixoneta de escola secundária de Hemingway, Katy Smith. Em Maio de 1937, em Espanha, zangaram-se devido a desentendimentos políticos: Hemingway era um apoiante da causa antifascista espanhola, enquanto Dos Passos tinha-se tornado desconfiado do comunismo e com a esquerda em geral.[6]

No domínio da poesia, publicou, entre outras obras, A Pushcard at The Curb (1922). Também cultivou a narrativa de viagens, como, por exemplo, em Orient Express (1927). Nota-se neste autor uma evolução temática e filosófica, que começa por ser de carácter social, cheia de esperança, e passa por um ceticismo político, terminando nos últimos anos num conservadorismo ultradireitista. Dos Passos trabalhou como correspondente durante a Segunda Guerra Mundial.[2][3]

Escreveu na revista Life em 7 de janeiro de 1946 citando que "o estupro brutal e álcool é o salário de um soldado", sobre os estupros e atrocidades cometidos pelos aliados na Alemanha pós guerra - o exército de assassinos e estupradores".[2][3]

Morreu em 1970.[5]

Morreu aos 74 anos, estando enterrado no Yeocomico Episcopal Churchyard, Kinsale, Westmoreland County, Virginia.[4]

Obras

Obras em português

Ver também

Referências

  1. Lúcia Mendonça da Silva. «Vida e obra de John dos Passos começa a ganhar «projecção diferente»». Jornal da Madeira. Consultado em 19 de maio de 2011 [ligação inativa]
  2. a b c Carr, Virginia Spencer; Pizer, Donald (11 de novembro de 2004). Dos Passos: A Life (em English) 1st edition ed. Evanston, Ill: Northwestern University Press 
  3. a b c Ludington, Townsend (26 de janeiro de 1998). John Dos Passos: A Twentieth-Century Odyssey (em English). New York: Carroll & Graf 
  4. a b «John Dos Passos (1896-1970) – Memorial Find a...». pt.findagrave.com. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  5. a b >«John Dos Passos Escritor modernista norte-americano ... - ...». 2 de fevereiro de 2016. Consultado em 2 de fevereiro de 2016 
  6. Gary Krist, Washington Post (28 de Abril de 2017). «Hemingway and Dos Passos, great friends destined to be great enemies». Consultado em 10 de Abril de 2018 

Ligações externas

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