John William Waterhouse | |
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Retrato de Waterhouse em cerca de 1886 | |
Nascimento | Entre janeiro e abril de 1849 Roma, Estados Papais |
Morte | 10 de fevereiro de 1917 (68 anos) Londres, Inglaterra |
Nacionalidade | italiano |
Área | Pintura |
Formação | Academia Real Inglesa |
Movimento(s) | Irmandade Pré-Rafaelita |
John William Waterhouse (Roma, entre janeiro e abril de 1849 - Londres, 10 de fevereiro de 1917) foi um pintor inglês, conhecido pelas obras no estilo pré-rafaelita. Trabalhou diversas décadas após o fim da Irmandade Pré-Rafaelita, que viu seu apogeu no meio do século XIX, o que fez com que ele fosse apelidado de “o pré-rafaelita moderno”. Recebendo influência não só do início do pré-rafaelismo como também de seus contemporâneos, os impressionistas,[1] suas obras eram conhecidas por suas representações de mulheres tanto da mitologia grega como da lenda do Rei Artur.
Nascido na Itália de pais ingleses pintores, ele mais tarde mudou-se para Londres, onde ingressou na Academia Real Inglesa. Logo começou a expor suas obras nas exposições anuais de verão da academia, focando na criação de telas grandes retratando cenas da vida cotidiana e da mitologia grega. Mais tarde aliou-se declaradamente ao estilo pré-rafaelita de pintura, mesmo que na arte britânica este fosse um estilo fora de moda há décadas.
Apesar de não ser tão conhecido como artistas do início do pré-rafaelismo como Dante Gabriel Rossetti, John Everett Millais e William Holman Hunt, a obra de Waterhouse atualmente é exposta em grandes galerias britânicas de arte, e a Academia Real Inglesa organizou uma grande retrospectiva de sua obra em 2009.[2]
Waterhouse nasceu em Roma, filho dos pintores britânicos William e Isabella Waterhouse, em 1849, no mesmo ano em que os fundadores da Irmandade Pré-Rafaelita, Dante Gabriel Rossetti, John Everett Millais e William Holman Hunt, estavam ascendendo no cenário artístico de Londres. A data exata de seu nascimento é desconhecida, apesar de ele ter sido batizado em 6 de abril e de um recente especialista na obra de Waterhouse, Peter Trippi, acreditar que ele nasceu entre 1 e 23 de janeiro. Sua juventude passada na Itália geralmente é citada como um dos motivos pelos quais muitas de suas pinturas estavam ambientadas na Roma antiga ou baseada em cenas tiradas da mitologia românica.[1]
Em 1853, os Waterhouses retornaram à Inglaterra e mudaram-se para uma casa nova no bairro londrino de South Kensington, perto do recém-fundado Victoria and Albert Museum. Waterhouse, apelidado de Nino, por vir de uma família artística foi encorajado a envolver-se em pintura, e muitas vezes esboçou obras que viu no Museu Britânico e na National Gallery. Em 1871 ingressou na Academia Real Inglesa para estudar escultura antes de mudar-se para o curso de pintura.[1]
As obras juvenis de Waterhouse não eram essencialmente pré-rafaelitas, apesar de tratarem de temas clássicos ao estilo de Lawrence Alma-Tadema e Frederic Leighton. Essas obras juvenis foram expostas na Dudley Gallery e na Sociedade Real de Artistas Britânicos, e em 1874 seu quadro Sono e seu meio-irmão Falecimento foi exposto na exposição de verão da Academia Real.[3] A pintura obteve uma recepção acalorada e Waterhouse pôde expô-la na exposição anual todo ano até 1916, com exceção de 1890 e 1915. Passou a crescer gradualmente no cenário artístico, com grande ajuda pelo fato de seu quadro Depois da dança (1876) ter recebido o destaque na exposição anual desse mesmo ano. Alguns críticos especulam que talvez devido ao aumento do sucesso de Waterhouse ele tenha aumentado cada vez mais suas telas.
Em 1883 casou-se com Esther Kenworthy, filha de um professor do distrito de Ealing que expôs suas pinturas de flores na Academia Real e em outros lugares. Tiveram dois filhos, mas ambos morreram na infância. Em 1895 Watershouse foi considerado acadêmico integral e passou a dar aula na St John’s Wood Art School, entrou para o St John's Wood Arts Club e serviu no Concelho da Academia Real.
Um dos quadros mais famosos de Waterhouse é A Dama de Shalott, um estudo sobre Elaine de Astolat, que morre de pesar por Lancelot não amá-la. Ele pintou três versões desta personagem, em 1888, 1894 e 1916. Outro tema que era um dos favoritos de Waterhouse era Ofélia; sua pintura mais famosa sobre ela retrata-a pouco antes de sua morte, colocando flores no cabelo enquanto senta-se em um galho de árvore inclinado sobre um lago. Como em A Dama de Shalott e outras pinturas de Waterhouse, trata de uma mulher morrendo dentro ou perto da água. Também foi provavelmente inspirado pelas pinturas de Ofélia por Dante Gabriel Rossetti e John Everett Millais. Entregou sua pintura de Ofélia de 1888 para receber seu diploma da Academia Real. (Quis primeiro entregar um quadro chamado de Uma sereia, mas não foi finalizado a tempo.) Depois disso, o paradeiro do quadro ficou desconhecido até o século XX, e agora é pode ser visto na coleção do compositor Sir Andrew Lloyd Webber. Waterhouse pintou Ofélia também em 1894 e 1909 ou 1910, e planejou outro quadro chamado Ofélia no adro.[1]
Em 1915 Waterhouse estava gravemente doente com um câncer e não pôde concluir sua última pintura sobre Ofélia. Morreu dois anos mais tarde, em 1917,[4] e foi sepultado no Cemitério de Kensal Green.[5]
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Ao todo, Waterhouse pintou 118 quadros.