Kickboxing
Kickboxing
Informação geral
Foco Golpear, Pontuar, Nocautear
Dureza Contato pleno, semi-contato
Outras informações
Esporte olímpico Não
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Kickboxing (em japonês: キックボクシング), se refere para ambos um grupo de artes marciais e esportes de combate em pé baseados em chutes (em inglês: kick) e socos (em inglês: boxing). É frequentemente praticado como defesa pessoal, condicionamento físico geral ou como um esporte de contato.

Num sentido amplo, há várias artes marciais nomeadas como kickboxing, incluindo o muay thai (boxe tailandês), lethwei (boxe birmanês), assim como o savate (boxe francês), dentre outros. Num sentido restrito, o termo kickboxing é associado a artes marciais com esse nome, sendo eles o kickboxing japonês, ao kickboxing americano e estilos ou regras spin-off.

O kickboxing em sentido restrito é muitas vezes confundido com o muay thai (boxe tailandês). Ambos são semelhantes mas com extremas diferenças, não apenas nas regras, mas também na prática.

Terminologia

Kickboxing
Tradução
Tradução literal: Chute-boxe
Nome em japonês
Kanji: キックボクシング

O termo "kickboxing" ou "Full Contact" pode ser utilizado em um sentido amplo e em um sentido restrito. O termo kickboxing (キックボクシング?) em si foi introduzido na década de 1960 como um anglicismo japonês por Osamu Noguchi, um promotor de boxe do Japão, para uma arte marcial híbrida que combinava muay thai e karatê que ele tinha introduzido em 1958.[1] O termo foi posteriormente adotado também pela variante americana, que surgiu de forma paralela na década de 70, criado por Joe Lewis — campeão de karatê e pupilo de Bruce Lee — e outros lutadores de caratê que começaram a misturar com socos de boxe e lutar a contato pleno. Em 1970 eles organizaram uma luta em um evento de karatê onde entraram com luvas e foram introduzidos como "kickboxers", logo organizações de karatê começaram a promover eventos de "kickboxing".[2] Como houve muitos cruzamentos entre esses estilos, com muitos praticantes ou competidores sob as regras de um ou mais estilos, as histórias dos estilos individuais não podem ser vistas de forma isolada uma da outra.

Sentido restrito

Luta de kickboxe profissional

O sentido restrito se limita aos estilos que se auto-identificam como kickboxing

Sentido amplo

O sentido mais amplo inclui todos os esportes e variações de combate em pé que permitem socos e chutes, incluindo o savate, muay thai, boxe indiano, boxe birmanês, sanshou, formas de karatê full-contact, entre outros.

O termo francês boxe pieds-poings (lit. boxe pés-punhos) é também usado no sentido de "kickboxing" no sentido geral, incluindo o boxe francês (savate), bem como os kickboxing americano e japonês, birmanês e boxe tailandês, karatê de contato total, entre outros.

Luta de Muay Thai

Artes marciais rotuladas como kickboxing em sentido amplo incluem:

O kickboxing como esporte de combate

Como esporte de combate, o kickboxing tem um estilo muito independente, mas sendo as regras iguais a outras artes marciais pode haver competições entre elas. Tipicamente o kickboxing em comparação a outras competições é um desporto ativo, e extremamente técnico em comparação ao muay thai. O kickboxing é um esporte que está ganhando seu espaço pouco a pouco, já entrou como pedido no COI (Comitê Olímpico Internacional) para tornar-se esporte olímpico e crescer cada vez mais no Brasil.

História do kickboxing

German Open 2010

Numerosas pessoas pensam que os estilos de kickboxing (num sentido mais restrito do termo) são originários da Tailândia[7] ou de outro país do Sudeste asiático, mas não são.[8]

No Japão das décadas de 1950 e 1960, profissionais de caratê, bando e boxe birmanês (nomeadamente na pessoa de Maung Gyi) organizaram encontros de lutas em tapete e em ringue, nascendo assim o kickboxing japonês. O promotor do kickboxing japonês nos anos 1960 foi Osamu Noguchi.

Na mesma época, nos Estados Unidos, numerosas escolas de artes marciais organizaram encontros de full contact, nomeadamente nas disciplinas de bando, caratê, taekwondo, kempo, entre outros.[9]

A partir dos anos 1970, numerosos praticantes de caratê sentiam-se frustrados com as regras em vigor nas competições, que privilegiavam o controle do toque. Procuraram então um desporto na qual seria utilizada a potência dos golpes com as pernas e dos punhos, em vez de parar cada golpe antes de tocar no adversário. Nascia o karate full-contact ou kickboxing americano.

Foram os pioneiros do kickboxing americano e do full-contact nos Estados Unidos: Dante, Ray Scarica e Maung Gyi.[10]

Uma aula de cardio kickboxing, com objetivo de desenvolvimento físico

Outros americanos que fazem parte da história do Kickboxing - Full contact: Bill Wallace, joe lewis, Jonh Panchivas, Ed Parker na europa se destaca, Dominique valera e Fernando Loio, e o Australiano Patrick mccarthy.

A Origem do Kickboxing no Brasil

Uma das informações que se tem sobre a origem do kickboxing no Brasil é que essa modalidade esportiva foi introduzida no país por volta de 1978, pelo grão-mestre Markus Tullius, que teve como seus primeiros alunos Luiz Augusto Alvarenga .

Ainda há informações a respeito da origem do kickboxing americano no Brasil, que veio em 1975 com o Grand Master Norman D. Henderson e Grand Master Bruce R. Bethers, ambos integrantes da atual Martial Arts International Federation à epoca integrantes da The World Martial Arts Federation, que transmitiram seus conhecimentos aos Estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Rondônia.

Atualmente no Brasil, a Confederação Brasileira de Kickboxing é o principal órgão de kickboxing.

Regras

Como esporte de combate, os estilos de kickboxing são considerados desportos de combate em pé, não permitindo continuar um combate quando um dos lutadores está no chão, embora alguns estilos de kickboxing indochineses abram exceções a essa regra.[11]

No Kickboxing, os pugilistas masculinos combatem em tronco nu nas modalidade de ringue, descalços e usam calças compridas nas modalidades que só são permitidos golpes da altura da cintura para cima e calções de boxe nas modalidade que são permitidos chutes baixos. As pugilistas femininas por vezes usam também um top.

Regras de contato

Algumas regras de contato

Kick light: lutado geralmente em tatame. Bastante similar ao light contact, mas é permitido chutes baixos nas partes internas e externas das coxas. Lutado com shorts. Predominando o domínio da técnica e não a força, sendo punido o excesso de força e desclassificado o lutador que nocautear o adversário.

Também conhecida por regras no estilo K-1 ou regras orientais, É uma modalidade de contato pleno que tem quase as mesmas regras do muay thai, como: atacar com chutes as pernas e articulações da mesma lateralmente, giratória baixa de calcanhar, chutes giratórios, esporões, projeções com a guarda, joelhada e soco giratório. Porém diferem do muay thai pela ausência da música tailandesa durante o combate e do ram muay, por não usar técnicas de cotovelo e pelo foco da luta. (Visto que nas modalidades de Kickboxing ganham as lutas quem golpear mais o adversário, independente de qual golpe que seja. Já no Muay Thai irá ganhar quem bater mais cotoveladas e joelhadas. Ou seja, o ganhador no Muay Thai nem sempre será o que bateu mais, mas sim, o que desferiu mais cotoveladas e joelhadas). Fazendo assim com que lutadores de Kickboxing e Muay Thai tenham focos diferentes em virtude do que vale mais pontos em um, e no outro.

Torneios

Um dos maiores eventos de Kickboxing foi o famoso K-1, onde existiam regras próprias e diferentes aos outros estilos de regras, onde nesse estilo particular são permitidos low-kicks e joelhadas, para poder inserir lutadores de outras modalidades de luta em pé, num só grande evento.

Em 2012 a organização do K-1 passou para Glory Sports International e esta começou a promover torneios em todo o mundo sob o nome de GLORY.[12] O LEGEND,[13] evento de nacionalidade russa , e o SUPERKOMBAT,[14] evento romeno, são outros torneios importantes que promovem combates segundo as regras K-1.

Em 2011 no Brasil surgiram Torneios da CBKB chamado WGP Kickboxing[15] que roda todo o território Nacional e em 2014 do CIAM chamado Circuito Nordestino de K-1[16] que atualmente roda todo o Nordeste Brasileiro tanto para amadores quanto para lutadores profissionais.

Ainda em 2011 até os dias atuais, diversas entidades tem organizado torneios a fim de divulgar o Kickboxing, como as entidades:

CIAM Conselho Internacional de Artes Marciais

FEMIN,

UNK,

IKO,

FKBERJ,

FMKB,

Federação Baiana de kyokushinkaikan,

Federação Mineira de kyokushinkaikan,

FKBEMT

entre diversas entidades que organizam competições em âmbito nacional e regional, além de parcerias para eventos internacionais.

Ver também

Referências

  1. «Black Belt December 1968». Dezembro de 1968. Consultado em 10 de Janeiro de 2015 
  2. «Archived copy». Consultado em 8 de agosto de 2016. Arquivado do original em 16 de julho de 2016 
  3. a b c d e Staff, MMAchannel com. «What are the Different Styles of Kickboxing? Simply Explained». MMACHANNEL (em inglês). Consultado em 2 de julho de 2022 
  4. «Get in shape at a Thai kickboxing camp». USA Today. Consultado em 7 de dezembro de 2010 
  5. «FITNESS BOUND; Holiday pounds? Give 'em a swift kick». The Los Angeles Times. Consultado em 25 de novembro de 2010 
  6. «Kungfu goes international». Shanghai Star. Consultado em 25 de novembro de 2010 
  7. Alain Delmas, Jean-Roger Callière, Origines du kick-boxing, Site Internet Boxes pieds-poings, 2000 (em francês)
  8. Mike Miles, A History of Kickboxing - North America's surprisingly taboo 'kickboxing' history! (www.mikemiles.com)] (em inglês)
  9. Mike Miles, An interview with Joe Lewis, site www.mikemiles.com, 1998
  10. Mike Miles, A History of Kickboxing - North America's surprisingly taboo 'kickboxing' history! (www.mikemiles.com)
  11. «Regras de Kickboxing». Consultado em 23 de julho de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  12. «Cópia arquivada». Consultado em 14 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 29 de agosto de 2012 
  13. http://legendashow.com
  14. http://superkombat.com/
  15. «WGP». www.wgpkickboxing.com.br. Consultado em 9 de março de 2016 
  16. «www.circuitonordestinodek1.com». www.circuitonordestinodek1.com. Consultado em 9 de março de 2016. Arquivado do original em 10 de março de 2016 
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