Lula-colossal | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Mesonychoteuthis hamiltoni Robson, 1925 | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Extensão da M. hamiltoni
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A lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni) é provavelmente a maior espécie de lula existente, e o único membro do gênero Mesonychoteuthis. A lula-colossal é considerada o maior invertebrado em termos de massa do planeta de que se tem conhecimento, podendo ultrapassar os 15 metros de comprimento.[1]
O Mesonychoteuthis hamiltoni possui a maior cabeça de todos os tipos de lulas, excedendo até o do Architeuthis no tamanho e na robustez. A lula-colossal também possui os maiores olhos no reino animal chegando ao tamanho de um prato. Dispõe de dois bicos enormes e afiados, e garras giratórias em forma de ganchos, profundamente fixados em seus tentáculos.
Habita as profundezas do Oceano Antártico.[2]
Pouco se sabe sobre a vida desta criatura. É caçadora como outras lulas e no mar profundo se utiliza da bioluminescência para encontrar a presa. Baseado na captação do bico das lulas em estômagos do cachalote, estima-se o tamanho de animais adultos (já que poucos foram capturados) de pelo menos 22 metros, no caso de adultos, enquanto os mais jovens a cerca de 10 metros.
Muitos cachalotes carregam cicatrizes causadas pelos tentáculos da lula-colossal, pois além das ventosas, possuem ganchos que podem causar feridas profundas. A lula-colossal é uma das principais presas para os cachalotes que se alimentam no Oceano Antártico; 14% dos tentáculos de lula encontrados nestas baleias são da lula-colossal.
Recentemente pescadores da Nova Zelândia encontraram em águas antárticas uma lula-colossal com mais de 14 metros de comprimento. O molusco que pesava 495 quilos tinha olhos do diâmetro de pratos de comida. O animal foi fisgado por acidente, trazido a bordo e conservado no gelo, sendo enviado para estudo na Universidade de Tecnologia de Auckland, Nova Zelândia. Esse é o segundo maior exemplar da lula-colossal já encontrado e está exposto no Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongar.
O tamanho total do animal se refere ao tamanho da massa visceral (parte do corpo que aloja os órgãos internos em forma de cone) e da cabeça, acrescido do tamanho dos tentáculos. Esta medida não é das melhores, porque o animal pode ser esticado, alterando assim o tamanho. Há notícias de que a primeira Architeuthys spp descrita, encontrada encalhada numa praia, tinha 22 metros, exatamente pela elasticidade dos tentáculos, por isso é importante que não se analise as informações parcialmente. A medida da massa visceral com a cabeça é uma das melhores medidas.
A lula colossal, ao contrário das lulas-gigantes (Architeuthys) à medida que cresce vai adquirindo uma forma redonda em sua cabeça. Os tentáculos da lula-colossal são grandes para agarrarem a presa no gélido mar de Ross. Então o corpo apenas flutua, enquanto seus tentáculos buscam uma presa. Por esta capacidade de flutuar, as lulas moribundas sobem até a superfície. Essa é uma forma muito comum de se encontrar lulas gigantes ou colossais.
Diferentemente da Lula Gigante, que possui braços e tentáculos alinhados com pequenos dentes, os membros da lula colossal possuem também ganchos afiados. Seu corpo é robusto e mais largo, e consequentemente mais pesado do que o corpo da lula gigante.
A lula colossal possui gigantismo abissal. Além disso, possui o maior globo ocular conhecido no reino animal, uma espécime coletada possuía o globo ocular com 27 cm de diâmetro e 9 cm de pupila. Acredita-se que quando viva, o globo ocular possuía entre 30 e 40 centímetros de diâmetro.
A extensão da distribuição da lula colossal vai de vários quilômetros do norte da antártica ao sul da América do Sul, sul da África do Sul e extremo sul da Nova Zelândia, tornando-a uma habitante de todo o oceano austral antártico.[2]