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Altitude |
587 m |
Proeminência |
587 m |
Cordilheira |
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O Pico Alto localiza-se na freguesia de Santa Bárbara, concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores.
É o acidente geológico dominante da ilha, com o seu pico elevando-se a 587 metros acima do nível do mar.
Devido à sua altitude é determinante para o ciclo hidrológico na ilha, promovendo a intercepção da humidade dos ventos e permitindo a formação de nuvens orográficas em seu topo, o que propicia a chamada precipitação oculta. A água assim obtida permite condições para a existência de uma vegetação rica em suas encostas e de algum pasto.
Nesta região situam-se as freguesias de Santa Bárbara e de Santo Espírito, as mais rurais e mais agrícolas da ilha e as elevações do Pico da Faleira, do Pico do Penedo.
Do cimo deste pico é possível ter uma vista panorâmica sobre a paisagem da ilha.
Já três aeronaves colidiram contra a montanha.
Um Douglas C-54, aeronave de transporte militar, despenhou-se no Pico Alto no início de julho de 1945, ainda ao tempo da "American Air Force (AAF) Base / Santa Maria".
Um Piper Aztec do Paquistão, em 5 de outubro de 1964, colidiu com o Pico Alto, perecendo o piloto e o co-piloto.[1]
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Aqui se registou a queda de uma aeronave de passageiros Boeing 707-331B,[2] às 13h30 (hora local) de 8 de fevereiro de 1989. Pereceram 137 passageiros e 7 membros da tripulação, no que se constituiu, à época, no "o maior desastre aéreo ocorrido em território nacional".[3] O impacto deu-se a 546 metros de altitude, durante a manobra de aproximação à pista, a uma velocidade de 226 nós (426 km/k), acarretando a dissipação dos destroços por uma vasta área.[4] Os corpos, carbonizados, mutilados e irreconhecíveis, distribuíram-se por vários quilómetros quadrados, na mata.
As causas apontadas pela investigação para o acidente foram:[5]
Entre os 170 acidentes envolvendo aeronaves Boeing 707, este foi o quarto com maior número de vítimas. Após o acidente a Independent Air viu suspensos os seus contratos com os operadores turísticos e veio a encerrar as suas atividades em 1990. O desastre também impulsionou a criação da corporação de bombeiros voluntários de Vila do Porto.[4]