Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir referências. Conteúdo não verificável pode ser removido.—Encontre fontes: ABW  • CAPES  • Google (N • L • A) (Janeiro de 2014)
Pirita
Pirita
Categoria Sulfetos
Cor Amarelo do latão, pálido bronzeado ou amarelado, dourado fosco
Fórmula química dissulfeto de ferro (FeS2)
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino Isométrico; 2/m3
Hábito cristalino Cúbico, as faces podem ser estriadas, mas também frequentemente octaédrico e piritoédrico. Às vezes intercrescido, maciço, radial, granular, globular e estalactítico.
Macla Maclas de penetração e de contato
Propriedades ópticas
Transparência Opaco
Índice refrativo Opaco
Propriedades físicas
Peso específico 4,95 – 5,10
Dureza 6–6.8
Fusibilidade 2.5–3 magnético para um glóbulo
Solubilidade insolúvel em água
Clivagem Pobre
Fratura Pouco uniforme, algumas vezes em forma de concha
Brilho Metálico intenso
Outras paramagnético,
Referências [1][2][3]
Um aglomerado de cristais de pirita medindo cerca de 4 polegadas (12 cm).

Pirita (português brasileiro) ou pirite (português europeu), também pirite de ferro ou pirita de ferro é um dissulfeto de ferro, FeS2. Tem os cristais isométricos que aparecem geralmente como cubos, mas também frequentemente como octaedros ou piritoedros (dodecaedros com faces pentagonais). Tem uma fratura ligeiramente desigual e conchoidal, uma dureza de 6-6.5 na escala de Mohs, e uma densidade de 4,95 a 5,10. Devido ao seu brilho metálico e à cor amarelo-dourada, recebeu também o apelido de ouro-dos-tolos (ou ouro-dos-parvos); ironicamente, contudo, pequenas quantidades de ouro podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. Com efeito, dependendo da quantidade de ouro, a pirita aurífera pode mesmo ser uma fonte valiosa deste metal precioso. Em piritas podem ocorrer também arsênio, níquel, cobalto e cobre.

Sob o ponto de vista da química inorgânica clássica, enquanto o estado de oxidação formal do Fe na pirita é 4+ (ou Fe(IV)), a pirita é mais bem descrita como Fe2+(S2)2-. Esta formulação leva em consideração o fato de que os átomos de enxofre na pirita estão ligados entre si por meio de ligações S-S (dissulfeto) bem definidas. Estas unidades de dissulfeto podem ser vistas como derivadas daquelas do dissulfeto de hidrogênio, H2S2. Em contraste, molibdenita, MoS2, apresenta centros de sulfetos (S2-) isolados e, por conseguinte, o estado de oxidação formal do molibdênio (Mo4+) corresponde ao observado experimentalmente. Sendo encontrado em qualquer parte do mundo, a pirita é o sulfeto mineral mais comum. Encontra-se geralmente associado com outros sulfetos ou óxidos em veios de quartzo, rocha sedimentar ou rocha metamórfica, em leitos de carvão e também como mineral de substituição nos fósseis.

A pirita exposta ao meio ambiente durante o processo de mineração e escavação pode reagir com oxigênio e água produzindo ácido sulfúrico e lixiviando o solo. Isto é resultado da ação da bactéria Thiobacillus, que obtém energia metabolizando a pirita. Sua oxidação é exotérmica, podendo levar à combustão espontânea dos depósitos de rejeitos nas minas de carvão. Isso polui o ar e leva à formação de chuva ácida. A indústria de papel costumava usar a pirita para a produção de dióxido de enxofre (SO2) e na manufatura de ácido sulfúrico (H2SO4). O nome pirita provém do grego pyr, que significa fogo, provavelmente devido às faíscas que resultam quando é golpeada com um martelo. Esta capacidade a fez popular para o uso em armas de fogo tais como o wheellock.

Pirita e Marcassita

Pirita é confundida frequentemente com o mineral marcassita, um nome derivado da palavra árabe para pirita, por terem a mesma composição química e propriedades físicas similares.

A marcassita é um polimorfo da pirita, o que significa que, embora ambas tenham a mesma fórmula química, possuem estruturas cristalinas diferentes. O par polimorfo marcassita/pirita é provavelmente o mais famoso ao lado do par diamante/grafita (que são também alótropos).

A pirita é usada frequentemente em joias tal como colares e braceletes, mas, embora os dois minerais sejam similares, a marcassita não pode ser usada em joalherias (ourivesaria) porque tem uma tendência a se desintegrar e virar pó. Um elemento extra de confusão entre marcassita e pirita é o uso desta palavra (marcassita) no comércio da joia: o termo é aplicado às pedras lustradas e facetadas, pequenas, que são embutidas na prata esterlina, mas mesmo que sejam chamadas marcassita, são na realidade pirita.

Minerais semelhantes

Arsenopirita foi considerada inicialmente ortorrômbica, mas sabe-se hoje ser monoclínica.

Ver também

Referências

  1. Hurlbut, Cornelius S.; Klein, Cornelis, 1985, Manual de Mineralogia, 20th ed., John Wiley and Sons, New York, p 285-286, ISBN 0-471-80580-7
  2. http://webmineral.com/data/Pyrite.shtml Webmineral
  3. http://www.mindat.org/min-3314.html Pyrite on Mindat.org