Refazenda | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Álbum de estúdio de Gilberto Gil | |||||||
Lançamento | 1975 | ||||||
Gênero(s) | MPB | ||||||
Duração | 37:28 | ||||||
Formato(s) | LP, CD | ||||||
Gravadora(s) | Philips Records | ||||||
Cronologia de Gilberto Gil | |||||||
|
Refazenda é um álbum de 1975 do cantor, compositor e músico Gilberto Gil.
Todas as canções escritas por Gilberto Gil, exceto onde notado.
Lado 1 | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Ela" | 2:53 | ||||||||
2. | "Tenho Sede" | Dominguinhos, Anastácia | 3:46 | |||||||
3. | "Refazenda" | 3:08 | ||||||||
4. | "Pai e Mãe" | 3:52 | ||||||||
5. | "Jeca Total" | 2:53 | ||||||||
6. | "Essa é pra Tocar no Rádio" | 3:03 |
Lado 2 | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
7. | "Ê, Povo, Ê" | 4:11 | ||||||||
8. | "Retiros Espirituais" | 4:51 | ||||||||
9. | "O Rouxinol" | Gilberto Gil, Jorge Mautner | 2:39 | |||||||
10. | "Lamento Sertanejo (Forró do Dominguinhos)" | Gilberto Gil, Dominguinhos | 4:20 | |||||||
11. | "Meditação" | 1:52 | ||||||||
Duração total: |
37:28 |
Depois do experimentalismo da época do Tropicalismo e da primeira metade da década de 1970, Gil surpreendeu o público e a crítica com a sonoridade mais simples de Refazenda, inspirada no baião e nos ritmos nordestinos[1]. Segundo a crítica Ana Maria Bahiana, tratava-se porém de uma falsa simplicidade, em que o músico se propunha a retomar elementos da tradição musical brasileira e transformá-los por meio de um "despojamento voluntário". Da mesma forma, José Miguel Wisnik apontou um "jogo sutil de imprevistos" no rendado dos arranjos[2].
O sucesso do disco, porém, levou o compositor a estendê-lo na "Trilogia Re", completada por Refavela (1977) e Realce (1979), tendo ainda no meio destes o disco ao vivo com Rita Lee, o Refestança (1977)[3][4].
Refazenda se apoia no neologismo do título[5] para, com influência do movimento hippie, falar sobre o meio ambiente e defender uma aproximação com a natureza. Antônio Risério vê no abacateiro, com quem o autor dialoga, uma representação da Árvore da Vida[6].
Pai e Mãe, o único chorinho do álbum, é outro exemplo de uma forma musical tradicional, com acompanhamento por um regional, em oposição a uma letra que desafia os valores conservadores, com o autor falando abertamente de "beijar outros homens"[7].
Zizi Possi regravou Meditação no álbum Valsa Brasileira (1993)[8]