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Grünewald: A Ressurreição de Cristo

Senda, Sendeiro ou Caminho, é o termo técnico empregado em escolas de religião ou filosofia esotérica para designar um suposto percurso de progresso espiritual daquele que aspira à iluminação, à união com o divino ou a alguma espécie de iniciação.

A tradição Ocidental

O conceito, apesar de receber larga divulgação no ocidente após a obra teosófica de Helena Blavatsky, existe na tradição cristã desde a antiguidade, sendo conhecido como a Via Crucis (numa acepção interiorizada), ou o Caminho da Perfeição, descrito por místicos como Santa Teresa de Ávila e Jakob Böhme.

Na filosofia e religião grega o mesmo Caminho era ensinado nos "mistérios" e discernido por trás da alegoria dos Doze Trabalhos de Hércules e de outros mitos solares de morte e ressurreição, indicando sempre um progressivo e trabalhoso auto-aprimoramento, abandono dos interesses mundanos e por fim um renascimento em um nível superior de consciência.

Senda no hinduísmo

Ver artigo principal: Ioga

Para o hinduísmo a senda se divide em três ramos principais, que igualmente conduzem à união com o divino. A divisão hindu é como segue:

Todos estes caminhos, embora enfocando características específicas, com seu desenvolvimento obrigam à aquisição por igual de todas as virtudes que formam um rishi, ou santo completo, que trabalha, sabe e ama perfeitamente.

Senda no budismo

Ver artigo principal: Budismo

Com um sistema próprio, a senda é descrita pelos budistas através da compreensão das Quatro Nobres Verdades, delineadas para o candidato realizar um diagnóstico inicial das causas do sofrimento, e indicando a seguir um método para eliminá-lo e atingir a iluminação através do cumprimento do Nobre Caminho Óctuplo, descrito no Magga-vibhanga Sutta como tendo as seguintes etapas:

A visão teosófica

Blavatsky e outros teósofos depois dela descreveram com riqueza de detalhes técnicos o que constitui a Senda, suas etapas e divisões.

A primeira parte da Senda é chamada de Senda Probatória, quando o aspirante deve realizar um trabalho de purificação pessoal preliminar, e desenvolver várias virtudes elementares indispensáveis para um progresso ulterior, assim descritas:

Cumpridos estes requisitos em grau apreciável - não é necessária a perfeição nesta etapa - o candidato é aceito formalmente como discípulo de algum Mestre de Sabedoria, recebe a Primeira Iniciação e entra com isso no Sendeiro do Discipulado, que possui suas próprias fases:

Gagarin: O Batismo de Cristo
Saltério de Ingeborg: A descida do Espírito Santo

Conquistando sucesso sobre as provações, o Arhat - cujo título significa o venerável, o benemérito, o perfeito - está salvo, ou seja, já não é obrigado a reencarnar para continuar seu progresso (o qual não tem fim), mas pode fazê-lo voluntariamente para auxiliar o mundo e seus irmãos menores. Nesta condição exaltada sua consciência tem os primeiros acessos ao Nirvana, mas ainda não é considerado um ser verdadeiramente perfeito, e tem de realizar outras tarefas para capacitar-se para receber uma iniciação ainda mais alta. Ele deve romper definitivamente os cinco últimos grilhões, que são Ruparâga, ou desejo pela beleza da forma e desejo por uma vida numa forma, mesmo que seja no mundo celeste; Aruparâga, desejo de vida mesmo sem forma; Mâna, orgulho por suas realizações, e Uddaccha, a possibilidade de sentir qualquer agitação ou irritação por qualquer motivo que seja, mantendo uma serenidade inabalável em todas as situações. Recebendo a Quinta Iniciação, passa a se chamar

Nada mais tendo a aprender aqui, o Adepto está livre para escolher seu próprio caminho a seguir, e pode ou permanecer ligado à Terra, para promover sua evolução, recebendo outras iniciações que incluem a de Chohan (Senhor), Mahachoan (Grande Senhor), Buda, Senhor do Mundo e Vigilante Silencioso, ou adentrar outras linhas de serviço completamente desligadas deste planeta.

Ver também

Ligações externas

Bibliografia