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Tabuleiro do Norte
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Tabuleiro do Norte
Bandeira
Brasão de armas de Tabuleiro do Norte
Brasão de armas
Hino
Gentílico tabuleirense
Localização
Localização de Tabuleiro do Norte no Ceará
Localização de Tabuleiro do Norte no Ceará
Localização de Tabuleiro do Norte no Ceará
Tabuleiro do Norte está localizado em: Brasil
Tabuleiro do Norte
Localização de Tabuleiro do Norte no Brasil
Mapa
Mapa de Tabuleiro do Norte
Coordenadas 5° 14' S 38° 07' O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Limoeiro do Norte; Leste: Apodi/RN e Governador Dix-Sept Rosado/RN; Sul: Alto Santo; Oeste: São João do Jaguaribe
Distância até a capital 211 km
História
Fundação 8 de junho de 1958 (65 anos)
Administração
Prefeito(a) Rildson Rabelo Vasconcelos (PP, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 047,637 km²
População total (estimativa IBGE/2021[2]) 30 652 hab.
Densidade 29,3 hab./km²
Clima semiárido (BSh)
Altitude 70 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (IBGE/2022[3]) 0,645 médio
 • Posição CE: 29º
PIB (IBGE/2022) R$ 450 593,418 mil
PIB per capita (IBGE/2022) R$ 14 046,37

Tabuleiro do Norte é um município brasileiro, situado a leste do estado do Ceará, na divisa com o Rio Grande do Norte, mais especificamente na Mesorregião do Jaguaribe, na Microrregião do Baixo Jaguaribe, no Vale do Jaguaribe, a 211 km da capital cearense, Fortaleza-CE, e a 115 km de Mossoró-RN. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 32 079 habitantes.[2]

O município é conhecido, no estado, por abrigar um dos mais significativos centros de peregrinação do Ceará, a Romaria de Nossa Senhora da Saúde.[4] A romaria ao Santuário de Nossa Senhora da Saúde é vista, sob o aspecto da popularidade, como o terceiro polo religioso do Ceará.[5]

Diversas produções de caráter memorialista atribuem ao município a alcunha de "terra dos caminhoneiros" ou "cidade dos caminhoneiros". Pelo menos outras quatro cidades atribuem-se este mesmo título: São Marcos-RS, Itabaiana-SE, Rondonópolis-MT, Iconha-ES.[6]

Etimologia

O topônimo Tabuleiro é uma alusão ao tipo do solo encontrado no município, o solo arenoso (tabuleiro) e o Norte para diferenciar este do município de Tabuleiro, no estado de Minas Gerais. Sua denominação original era Tabuleiro de Areia, depois Ibicuipeba e desde 1951, Tabuleiro do Norte.[7]

História

As terras ao oeste do rio Quixeré, uma área de elevação arenosa e plana que estende-se até a Chapada do Apodi eram habitadas por diversas etnias Tapuias, entres elas os Paiacu,[8][9]

Os indígenas Paiacu residiam na localidade hoje conhecida Aldeia Velha, situada a 3 km do centro da cidade.

Com a definitiva ocupação do território do Ceará na segunda metade do século XVII, chegaram os portugueses oriundos de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco nesta região, a qual a exploraram em seus mínimos detalhes.[10] Depois dos combates da Guerra dos Bárbaros, a construção da Fortaleza Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe e o deslocamentos dos indígenas, nestas terras foi implementada a pecuária. Os colonizadores travaram lutas incessantes contra os índios para instalarem suas fazendas de gado. Muitos indígenas morreram e os poucos que restaram foram absorvidos pela economia pastoril.

Da Guerra dos Bárbaros ou a expulsão dos indígenas, ainda hoje os moradores mais antigos daquela comunidade (Aldeia Velha) relembram as historias contadas por seus pais a respeito da expulsão dos indígenas da comunidade. Contam os mais velhos que: eles fugiram para um local onde hoje fica situada a comunidade do Tapuio por uma estrada por dentro que ia em linha reta distante da mesma uns 13 km; e que a belíssima lagoa da Aldeia Velha também era a fonte de lazer e para a prática da piscicultura para seus habitantes.

Os primeiros relatos datam do século XVIII, entre os anos de 1720 e 1730, quando o fazendeiro e Padre Francisco Alves Maia, vigário de Pau dos Ferros (RN) instala-se nesta localidade e fica de posse da fazenda São José. Depois entregou a Fazenda para seu parente Francisco Alves Maia Alarcon administrá-la. Em 1770, este senhor construiu uma capela nestas terras, depois foi criado o primeiro estabelecimento escolar funcionando até a morte de Maia Alarcon em 1796.

Tudo iniciou com a promessa feita por Luiza Maria Maciel, esposa de Maia Alarcon, que se ficasse curada de um câncer, construiria uma capela. A graça foi alcançada e a capela foi construída toda em pedra de 1765 a 1770, tendo a imagem de Nossa Senhora das Brotas. A restauração e ampliação da capela foi realizada em 1785. A igreja foi demolida no ano de 1944 e construída uma nova igreja em seu lugar, sendo a atual igreja matriz.

Tabuleiro de Areia passou a ter categoria de Vila através do decreto lei nº448, de 20 de dezembro de 1938. O município foi criado de acordo com a lei nº3.815, de 13 de setembro de 1957, tendo sua emancipação política em 8 de junho de 1958, deixando de ser vila do município de Limoeiro do Norte.

Com o sucesso econômico do Ciclo da Carne do Ceará, Tabuleiro do Norte, destacou-se como um movimentado cruzamento da Estrada Geral do Jaguaribe,[11] no qual passavam as boiadas do Sul Cearense e do Rio Grande do Norte para Aracati e vice-versa com produtos para as fazendas de boi.

O desenvolvimento com urbano deu-se ao redor da capela de Nossa Senhora da Conceição, construída entre de 1765 a 1770, e a Estrada Geral do Jaguaribe.

A Fazenda Quingombê também denota importante valor histórico, através das figuras ilustres de Aldonso Chaves e de Laura Chaves Maia, sua esposa. Tiveram 7 filhos (Edvardo, José Lauro, Edna, Cleomilde, Maria Laise, Maria Elaine e Francisco Hilton).

Geografia

Clima

Tropical quente semiárido com pluviometria média de 725,6 mm[12] com chuvas concentradas de fevereiro a maio.[13]

Hidrografia e recursos hídricos

As principais fontes de água fazem parte da bacia do Baixo Jaguaribe e Médio Jaguaribe, sendo o principal afluente o rio Quixeré, o riacho do Bezerra e tantos outros. Diversas lagoas encontram-se no município, entre estas a do Lima e das Salina. Existem ainda diversos açudes, dentre eles: Gangorrinha, Olho D’água e VaiQuem Quer. Completando o sistema de abastecimento de água potável, existe a Adutora Saco Verde/Pedra Preta e trinta e um poços tubulares.[14][15]

Relevo e solos

As terras de fazem parte da bacia sedimentar do Apodi, que é constituída por formações Jandaíra(calcários intercalados por margas, siltitos e folhelhos); e do Açu, com arenitos com intercalações de siltitos, folhelhos e lentes de calcário no topo. A planície aluvionar do rio Jaguaribe, ao longo dos principais cursos d’água que drenam o município, possui coberturas aluvionares, quaternárias, formadas por areias, siltes, argilas e cascalhos. Por fazer parte do planalto sedimentar da Chapada do Apodi, encontra-se altitudes que não ultrapassam os 250 m. Fazendo ainda parte da planície fluvial do Jaguaribe possui elemento de destaque na composição geomorfológica com variados os tipos de solos: Cambissolos, Argissolos (podzólicos), vertissolos, Neossolos Flúvicos (solos aluviais) e Neossolos Litólicos.[14][16]

Vegetação

A vegetação predominante é a caatinga arbustiva densa, a caatinga mais arbórea com espécies espinhosas, e a mata ciliar, na qual predomina a carnaúba. [14]

Tendo por objetivo a preservação de duas fontes (olho d'Água dos Currais e Corrente), criou-se o Parque Ecológico Olho D'Água dos Currais, uma área livre de desmatamento.

Acesso

A partir de Fortaleza o acesso ao município, pode ser feito por via terrestre através da rodovia Fortaleza/Jaguaribe (BR-116) até a localidade de Peixe Gordo, daí tomando-se a CE-377 até a sede municipal. As demais vilas, lugarejos, sítios e fazendas são acessíveis através de estradas estaduais, asfaltadas ou carroçáveis.[17]

Economia

Composição Econômica de Tabuleiro do Norte[18]
Setor primário

08,65 %

Setor secundário

21,35 %

Setor terciário

69,99 %

Setor Primário

Setor Secundário

No município encontram-se mais de trinta e uma indústria.[carece de fontes?]

Setor Terciário

Cidade dos Caminhoneiros

Devido à localização de Tabuleiro do Norte entre estradas importantes para o escoamento de produtos (uma atividade presente desde o começo histórico do município), a assistência aos caminhoneiros é uma da fontes da economia local, na qual destaca-se com:

Turismo

O turismo também é uma das fontes de renda, devido as belezas naturais, que oferecem lazer e a prática do Ecoturismo. Além do centro histórico da sede do município e do turismo religioso.

Os principais pontos turísticos

Olho D'água dos Currais.
Passagem Molhada.
Olho D'Água da Bica com vista para a igreja e imagem de Nossa Senhora da Saúde.

Política

A administração municipal localiza-se na sede Tabuleiro do Norte.[19]

Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Tabuleiro do Norte

Subdivisão

O município é dividido em três distritos, sendo Tabuleiro do Norte (Sede), Olho D`Água da Bica e Peixe Gordo.[20]

Cultura

Principais Eventos

Ver Também

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2022). «Área territorial oficial». Resolução do Conselho Diretor do IBGE nº.36/2022. Consultado em 4 de março de 2024 
  2. a b «População no último censo IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 22 de julho de 2022. Consultado em 04 de março de 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 22 de julho de 2022 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/tabuleiro-do-norte/panorama. Consultado em 04 de março de 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda); Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. PINTO, Débora Kátia Maia (2009). Caminhos do sagrado: um estudo sobre os vendedores itinerantes em centros de romaria no estado do Ceará. Fortaleza-Ce: Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia. 14 páginas 
  5. PINTO, Débora Kátia Maia (2004). A polifonia da festa em Olho d'Água da Bica: santuário de Nossa Senhora da Saúde no município de Tabuleiro do Norte. Fortaleza-Ce: Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia. pp. 19, nota–de–rodapé 7 
  6. «5 cidades consideradas "Capitais dos caminhoneiros"». 19 de fevereiro de 2016. Consultado em 17 de setembro de 2016. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2016 
  7. «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 2 de março de 2010 [ligação inativa]
  8. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ottawa. 1974
  9. Aragão, R. B, Índios do Ceará e Topônimios Índigenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
  10. «Biblioteca Nacional do Brasil». Consultado em 2 de março de 2010 [ligação inativa]
  11. «Biblioteca Nacional do Brasil». Consultado em 2 de março de 2010 [ligação inativa]
  12. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  13. Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
  14. a b c «Página do CPRM». Consultado em 2 de março de 2010 
  15. «Atlas do Ceará». Consultado em 2 de março de 2010 
  16. JACOMINE, P.T.K.; ALMEIDA, J.C. & MEDEIROS, L.A.R. Levantamento Exploratório - Reconhecimento de Solos do Estado do Ceará. Recife, MA/DNPEA/SUDENE/DRN, 1973b. v.2. 502p. (Boletim Técnico, 28; Série Pedologia, 16)
  17. «Página do DER». Consultado em 2 de março de 2010 
  18. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=231310#  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  19. «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 2 de fevereiro de 2010 
  20. «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 2 de março de 2010 

Ligações externas

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