Economia da Alemanha | |
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Frankfurt am Main, capital financeira da Alemanha. | |
Moeda | Euro |
Ano fiscal | ano calendário |
Blocos comerciais | OMC, União Europeia, OCDE |
Banco Central | Deutsche Bundesbank |
Estatísticas | |
Bolsa de valores | Bolsa de Valores de Frankfurt |
PIB | |
Variação do PIB |
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PIB per capita | |
PIB por setor | Agricultura 0,6%, indústria 30,1%, comércio e serviços 69,3% (2017) |
Inflação (IPC) | |
População abaixo da linha de pobreza |
16,7% (2017) |
Coeficiente de Gini | 29,5 (2016) |
Força de trabalho total | 41,99 milhões (2019) |
Força de trabalho por ocupação |
Agricultura 1,4%, indústria 24,2%, comércio e serviços 74,3% (2016) |
Desemprego | 3,1% (2019)[2] |
Principais indústrias | É um dos países mais avançados tecnologicamente na fabricação de produtos de ferro e aço, carvão, cimento, produtos químicos, máquinas diversas, veículos, máquinas-ferramenta, eletrônicos, alimentos e bebidas, construção naval, têxteis |
Exterior | |
Exportações | $1,401 trilhões (2017)[3] |
Produtos exportados | Veículos automotivos, máquinas, produtos químicos, produtos eletrônicos e de informática, equipamentos elétricos, produtos farmacêuticos, metais, equipamentos de transporte, alimentos, têxteis, produtos de borracha e plástico |
Principais parceiros de exportação |
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Importações | $1,104 trilhões (2017)[3] |
Produtos importados | Máquinas, equipamentos de processamento de dados, veículos, produtos químicos, petróleo e gás, metais, equipamentos elétricos, produtos farmacêuticos, alimentos, produtos agrícolas |
Principais parceiros de importação | |
Dívida externa bruta | $5,084 trilhões (31 de março de 2017)[6] |
Finanças públicas | |
Dívida pública | 60,9% do PIB (2018)[7] |
Receitas | $1,665 trilhões (2017)[3] |
Despesas | $1,619 trilhões (2017)[3] |
Fonte principal: [[8] The World Factbook] Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ |
A economia da Alemanha é a economia mais importante da Europa e é a quarta potência econômica mundial depois dos Estados Unidos, China e Japão. É uma economia de mercado na qual a seguridade social tem um peso muito grande na economia, tendo os alemães direitos sociais muito extensos. O país passou por grandes reformas de livre comércio antigamente, deixando de ser o "homem doente da Europa" para ser a maior e mais robusta economia do bloco europeu na atualidade. A reunificação teve um impacto significativo no crescimento da parte ocidental do país, com grandes quantidades de dinheiro sendo usadas para financiar a reestruturação da porção Oriental.
As indústrias metalúrgicas e químicas têm um significante papel na economia da Alemanha, enquanto na agricultura, a média propriedade familiar, altamente mecanizada predomina. A cidade de Frankfurt é o principal centro financeiro da Alemanha e da União Europeia, onde está localizado o Banco Central Europeu e a Bolsa de Valores de Frankfurt. As indústrias e as empresas do setor terciário da Alemanha são bem dispersas pelo país, o que provoca grande tráfego aéreo e rodoferroviário.
O país é o sexto no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.[9]
O atual poder da economia alemã começou no século XVIII, mas ele só se solidificou a partir de 1870 com a vitória da Prússia na Guerra franco-prussiana, fazendo do Império Alemão um dos principais da economia mundial.
Posteriormente, com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha passou por um período de grave crise econômica que logo foi superado na época da Alemanha Nazista onde foi efetuada uma abertura econômica para o Ocidente.[10][11] Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha enfrentava outra crise.
A partir desse ponto, a Alemanha Ocidental iniciou uma visível recuperação que lhe tem permitido manter seu papel de importância na economia mundial e lhe permitiu também reunificar-se com a Alemanha Oriental. A crise de hiperinflação no início do Século XX mostrou a relevância da economia do país mesmo em sua pior crise, pois afetou também a economia internacional, inclusive a Economia dos Estados Unidos na época.[12]
A Alemanha se manteve em 2004 como principal país exportador, à frente do Estados Unidos. As exportações cresceram 10% e alcançaram um volume de 728 bilhões * de euros. O superávit da balança comercial alcançará este ano um nível recorde de 156 bilhões de euros.
A economia alemã é a maior e mais influente em termos financeiros dos doze países que compõem a zona do euro, e da União Europeia em geral, uma vez que seu poder de compra está estimado de 2,9 trilhões de dólares (o maior da Europa, e o quinto mais avançado do mundo), segundo dados de 2010. É seguida pelo Reino Unido (que não pertence à Zona do Euro, porém é o segundo país mais rico do continente), com 2,2 trilhões de dólares, e pela França, em terceiro, com 2,1 trilhões de dólares;
O porto mais próspero da Europa é o de Hamburgo que, segundo algumas estimativas, ultrapassará o porto de Roterdã nos Países Baixos, como o de maior movimento no continente.
A moeda anterior da Alemanha era o marco alemão; desde 1 de Janeiro de 2002 é o euro, cujo banco emissor, o Banco Central Europeu tem sua sede na cidade alemã de Frankfurt am Main.
Em 2020, o país foi o 3º maior exportador do mundo (US $ 1,48 trilhões em mercadorias, 7,9% do total mundial). Considerando bens e serviços exportados, as exportações foram de US $ 1,81 trilhões.[13][14] Já nas importações, em 2019, foi o 3º maior importador do mundo: US $ 1,23 trilhões.[15]
A Alemanha produziu, em 2018:
Além de outras produções de outros produtos agrícolas.[16]
Na pecuária, a Alemanha foi, em 2019, o 3º maior produtor mundial de carne suína, com uma produção de 5,2 milhões de toneladas; o 4º maior produtor mundial de leite de vaca, com uma produção de 33 bilhões de litros; o 11º maior produtor mundial de carne bovina, com uma produção de 1,1 milhões de toneladas; o 29º maior produtor mundial de carne de frango, com uma produção de 1 milhões de toneladas, entre outros.[17]
O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, a Alemanha tinha a 4ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 737,9 bilhões).[18]
Em 2019, a Alemanha era o 4ª maior produtora de veículos do mundo (4,6 milhões) e a 7ª maior produtora de aço (39,7 milhões de toneladas).[19][20][21] A Alemanha é também um dos 10 maiores produtores mundiais de vinho (foi o 8º maior produtor mundial em 2018).[22] Em 2018 também foi o 5º maior produtor mundial de cerveja (à base de cevada).[23] Em 2016 foi o país do mundo que mais faturou com exportação de chocolate - apesar do país não produzir cacau.[24]
Dentre as maiores empresas negociadas na bolsa, em relação ao faturamento, o Fortune Global 500, 37 companhias estão sediadas na Alemanha. As dez maiores são Daimler, Volkswagen, Allianz (a empresa mais lucrativa), Siemens, Deutsche Bank (2ª mais lucrativa), E.ON, Deutsche Post, Deutsche Telekom, Metro e BASF.[25] As maiores empregadoras são a Deutsche Post, a Robert Bosch e a Edeka.[26] Outras grandes empresas de capital alemão são Adidas, Puma AG, Audi, Bayer, BMW, Deutsche Bahn, Henkel, Lufthansa, MAN, Nivea, Porsche, SAP AG, Schering, ThyssenKrupp, Volkswagen, Wella, entre outras, que demonstram a força econômica alemã nos mais diversos segmentos de mercado.
A Alemanha não tem uma grande produção mineral, porém, em 2019, o país era o 3º maior produtor mundial de selênio,[27] o 5º maior produtor mundial de potash (um mineral que contém potássio e é usado como fertilizante),[28] o 5º maior produtor mundial de boro,[29] o 17º maior produtor mundial de grafite,[30] o 18º maior produtor mundial de enxofre,[31] além de ser o 4º maior produtor mundial de sal.[32]
Nas energias não-renováveis, em 2020, o país era o 57º maior produtor de petróleo do mundo, extraindo 37 mil barris/dia.[33] Em 2019, o país consumia 2,28 milhões de barris/dia (10º maior consumidor do mundo).[34][35] O país foi o 6º maior importador de petróleo do mundo em 2018 (1,83 milhões de barris/dia).[33] Em 2016, a Alemanha era a 43º maior produtora mundial de gás natural, 8,5 bilhões de m³ ao ano.[36] Em 2010 a Alemanha era a 2ª maior importadora de gás do mundo (99,6 bilhões de m³ ao ano), principalmente da Rússia.[37] Na produção de carvão, o país foi o 8º maior do mundo em 2018: 175,1 milhões de toneladas.[38] Apesar disso, o país também é o 6º maior importador de carvão do mundo: em 2018, foram 44 milhões de toneladas.[39][40][41] Em 2019, a Alemanha também possuía 6 usinas atômicas em seu território, com uma potência instalada de 8,1 GW.[42]
Nas energias renováveis, em 2020, a Alemanha era o 3º maior produtor de energia eólica do mundo, com 62,1 GW de potência instalada, e o 4º maior produtor de energia solar do mundo, com 53,7 GW de potência instalada;[43]
Em 2002 a Alemanha foi o quinto maior consumidor do mundo de energia, e dois terços de sua energia primária foi importada. No mesmo ano, a Alemanha foi o maior consumidor de eletricidade da Europa com um total de 512,9 bilhões * de quilowatts-hora.
A política governamental enfatiza a conservação e o desenvolvimento de fontes de energia renovável, como a solar, vento, biomassa, hidráulica, e geotérmica. Como resultado das medidas de economia de energia, a eficiência energética (a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade do produto interno bruto) vem melhorando desde o início das medidas nos anos 1970. O governo já definiu o objetivo de satisfazer metade da demanda energética do país a partir de fontes renováveis até 2050. Em 2000, o governo e a indústria nuclear alemã concordou em desativar gradualmente todos as usinas nucleares até 2021.[44] No entanto, as energias renováveis estão desempenhando um papel mais modesto do consumo de energia. Em 2006 o consumo energético foi cumprida pelas seguintes fontes: petróleo (35,7%), carvão, incluindo lignito (23,9%), gás natural (22,8%), nuclear (12,6%), energia hidráulica e eólica (1,3%) e outros (3,7%).
Desde os anos de 1930 iniciara-se na Alemanha a construção da primeira rede de autoestradas em grande escala. O país dispõe de 12.174 km de autoestradas (Autobahn) e de 40.969 km de estradas federais (Bundestraßen), o que faz da Alemanha o país com a terceira maior densidade de estradas por veículos do mundo. A totalidade de autoestradas do país são gratuitas para veículos particulares. Desde 2005, os caminhões de carga pagam pedágio (portagem) descontado automaticamente via satélite.
A Alemanha é líder mundial na construção de canais. Este tipo de construção milenário foi reimpulsionado a partir do século XIX. O "Canal de Kiel", que une o mar do Norte com o mar Báltico, é um dos mais imponentes. Inúmeros canais fluviais, como o "canal Meno-Danúbio" (Main-Donau Kanal), o "Canal Dortmund-Ems" e o "Canal Elba-Seitenkanal", dão ao país uma completa rede de canais de água.
Em 2018, a Alemanha foi o 8º país mais visitado do mundo, com 38,8 milhões de turistas internacionais. As receitas do turismo, neste ano, foram de US $ 42,9 bilhões.[45]