Almirante Edward Evans, 1º Barão Mountevans | |
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Admiral The Lord Mountevans | |
Nascimento | 29 de outubro de 1880 Londres, Inglaterra |
Morte | 20 de agosto de 1957 (75 anos) Noruega |
Nacionalidade | britânico |
Ocupação | Oficial naval |
Edward Ratcliffe Garth Russell Evans, 1º barão Mountevans, KCB, DSO, SGM • ComTE (Londres, 28 de outubro de 1880 – 20 de agosto de 1957), conhecido como "Teddy" Evans, foi um oficial naval britânico e explorador da Antártida.
Serviu como imediato na expedição Terra Nova, liderada por Robert Falcon Scott, ao Pólo Sul em 1910–13, e foi o comandante do navio dessa expedição, o Terra Nova.
Edward Evans nasceu em Londres em 1881, filho do advogado Frank Evans.[1] Expulso da Merchant Taylors' School, London por faltar às aulas, conseguiu, no entanto, completar a escolaridade mínima e entrar para o navio-escola HMS Worcester da marinha mercante obtendo, dois anos depois, o grau de cadete em 1896. Frequentou o Real Colégio Naval entre 1900-02. Em 1902 recebeu o posto de Tenente, e no mesmo ano serviu como 2.º oficial no Morning, o navio de salvamento da primeira expedição de Scott à Antártida, em 1901-04.
Scott ofereceu a Evans o lugar de imediato na expedição como meio de o persuadir a desistir dos seus planos para uma expedição à Terra do Rei Eduardo VII. No entanto, as relações entre ambos nunca foram as melhores, pois Scott via Evans como um rival.[2]
Na Antártida, Evans ficou, inicialmente, responsável pelo grupo de trenós motorizados. Depois de os trenós se avariarem, continuou para sul, puxando manualmente os trenós, como líder do último grupo de apoio a Scott para o Pólo. Quando sobe que não ia fazer parte do Grupo Polar, Evans regressou a 4 de janeiro de 1912, deixando Henry Robertson Bowers, do seu grupo, no grupo de Scott. Na viagem de regresso, Evans ficou gravemente doente com escorbuto e, em 11 de fevereiro, a cerca de 180 km do campo base, já não conseguia ficar de pé sem ajuda, e teve que ser colocado no trenó, puxado por dois colegas, Tom Crean e William Lashly. Evans deu-lhes ordens para que o deixassem para trás, pois temia que os três morressem, mas eles recusaram. Mais tarde, Evans diria que esta tinha sido a única vez, na sua carreira naval, que lhe tinham desobedecido à ordens. O estado de Evans foi registado no diário de Lashly, que escreveu que Evans estava "a ficar azul e preto, e também com outras cores", e que estava com muitas dores e incapaz de se manter de pé. Evans escreveria: "Triste e sérios, eles montaram a nossa e colocaram-me lá dentro outra vez. Pensei que estivesse a ser colocado na minha sepultura.....".[3] Por esta altura, sem mantimentos suficientes para os três homens, para 56 km, Crean voluntariou-se para ir sozinho buscar ajuda. A 19 de Fevereiro, depois de uma viagem a pé de 18 horas, Crean chegou a Hut Point onde encontrou dois membros da expedição, o físico Edward L. Atkinson e o especialista em cães Dimitri Gerov, que partiu para resgatar Evans e Lashly. Todos juntos, os três caminharam 2 414 km.
Devido ao seu problema de saúde, Evans foi enviado para casa no Terra Nova em março de 1912. Recuperado, Evans regressou no ano seguinte para o comando do navio, para trazer os sobreviventes da expedição.