Lockheed P-80/F-80 Shooting Star
Caça
Lockheed P-80
Lockheed P-80A da força aérea americana
Descrição
Tipo / Missão Caça interceptor de grande altitude
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Lockheed Corporation
Primeiro voo em 8 de janeiro de 1944 (80 anos)
Introduzido em 1945
Tripulação 1
Especificações
Dimensões
Comprimento 10,49 m (34,4 ft)
Envergadura 11,81 m (38,7 ft)
Altura 3,43 m (11,3 ft)
Peso(s)
Peso vazio 3 708 kg (8 170 lb)
Peso máx. de decolagem 7 257 kg (16 000 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x Allison J33-A-21
Performance
Velocidade máxima 928 km/h (501 kn)
Alcance (MTOW) 1 271 km (790 mi)
Teto máximo 13 868 m (45 500 ft)
Razão de subida 34.9 m/s
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 6 x 12.7mm M2 Browning
Foguetes 8 Foguetes ar-terra 2.75-pol.
Mísseis 2 bombas de 453Kg.

O P-80/F-80 Shooting Star foi o primeiro avião a jato da Força Aérea Americana a ser usado em combate, a ultrapassar a velocidade de 560mph (901 km/h) em voo nivelado, e o primeiro a ser construído em grandes quantidades.[1] Possivelmente terá sido o mais bem sucedido caça a jacto de primeira geração. Foi enviado para a Europa, para demonstração durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial, não chegando a entrar em combate. Para mostrar o seu valor, teve que esperar pela Guerra da Coreia, uns anos mais tarde. O P-80 foi uma criação da Skunk Works, uma divisão da Lockheed Aircraft Corporation, liderada pelo lendário engenheiro Clarence "Kelly" Johnson, conhecido por acabar os projectos antes do prazo terminar e responsável também pelo P-38 Lightning.[2]

Guerra da Coreia

Em junho de 1950 forças da Coreia do Norte invadiram a Coreia do Sul, precipitando uma intensa guerra que perduraria por mais três anos. Poder aéreo foi um factor essencial na preservação da Coreia do Sul, obrigando à procura de estratégias criativas, teste de novas tecnologias e inflamados debates sobre o papel e uso adequado do poder aéreo.[3]

No início das hostilidades a Força Aérea Americana encontrou um inimigo fácil inexperiente e aeronaves que já tinham passado por melhores dias, essencialmente caças Yak-7 e Yak-9 e o Ilyushin Il-10 de ataque ao solo, bem como alguns, poucos, aviões de treino e de transporte. Apesar do F-80 operar a partir de bases no Japão e no limite do seu raio de acção, mantinha os céus limpos de aviação inimiga. Em novembro de 1950 com a chegada do Mig-15 pilotados por experientes e bem treinados pilotos Soviéticos e dos países do Pacto de Varsóvia,[4] tudo iria mudar. O F-80 rapidamente se viu ultrapassado, quer em velocidade, quer em manobrabilidade, quer em ascensão, quer em armamento,sendo relegado para missões de interdição e ataque a alvos terrestres.


8º FIG 35º FBS / 36º FBS / 80º FBS
18º FIG 12º FBS / 44º FBS / 67º FBS
35º FIG 39º FIS / 40º FIS / 40º FIS, / 8º TRS (RF-80A)
49º FIG 7º FBS / 8º FBS / 9º FBS,
51º FIG 16º FIS / 25º FIS / 26º FIS,
Legenda: FIG= Grupo de Caça e Intercepção / FBS= Esquadrão Caça Bombardeiros / FIS= Esquadrão de Intercepção / TRS= Esquadrão de Reconhecimento Táctico

Durante todo o período da guerra, o F-80 voou 98 515 missões e foi creditado com a destruição de 37 aviões inimigos em combates no ar ( seis foram Mig-15) e 21 em terra. Lançou 41 593 toneladas de bombas de ferro e napalm e disparou mais de 81 000 foguetes. Nos 34 meses de combate o F-80 sofreu pesadas baixas, 14 foram derrubados por Mig-15, 113 abatidos por fogo antiaéreo, 16 perdidos por causas desconhecidas e 150 por acidentes operacionais.[6]

Um F-80C pilotado pelo Tenente Russell Brown, foi um dos protagonistas do primeiro combate entre aviões propulsionados a jato, quando abateu no dia 8 de novembro de 1950 um Mig-15.

Marinha (US Navy)

Em 1945 Marinha recebeu três P-80 da Força Aérea, na base aeronaval de Patuxent River, mantendo a designação original. A um dos P-80, foi acrescentado um gancho de retenção na cauda e embarcado a bordo do porta-aviões USS Franklin D. Roosevelt (CV-42) em 11 de outubro de 1946. No dia seguinte fez várias descolagens com e sem catapulta,

Um TO-1 da Marinha

bem como várias aterragens. No final o piloto aviador que liderou os testes, Major Marion Carl do Corpo de Fuzileiros concluiu que o P-80 não tinha condições para ser usado a bordo de porta-aviões, por vários motivos, entre os quais estava a falta de resposta adequada do motor aquando da aproximação para aterragem e a incapacidade da fuselagem aguentar o stress das operações a bordo.[7]

Em 1947 devido à demorada e lenta entrega dos novos aviões para treino dos pilotos a jacto a Marinha conseguiu a transferência de 49 P-80C, destinados á Força Aérea. Foram designados TO-1, mudando para TV-1 em 1950. Serviram como aviões de treino avançado, baseados em terra, até à chegada dos Grumman F9F e McDonnell F2H.[8]

Variantes

Conversões

Designação Quant. Descrição
XFP-80A 1 P-80A(44-85201), protótipo de reconhecimento,

nariz alongado para instalação de câmara, sem armamento

XP-80B 1 P-80A(44-85200), 1946, protótipo, motor e armamento melhorado
XP-80R 1 XP-80B, 1946, protótipo de alta velocidade, motor mehorado
DF-80A 1+ F-80A/C, direcção de alvos
QF-80A / C 105 F-80A/C, alvos rádio controlados
(JQF-80A) 1 QF-80A para testes
(QF-80F) 1+ QF-80A/C para recolha de amostras de radiação nas nuvens
ERF-80A 1 F-80A, para testes de câmara montado no nariz
NF-80C 1 F-80C, conversão permanente, construído em magnésio
RF-80C 70 F-80A, 1951, foto reconhecimento conversão para o padrão C
F-80C-11 137 F-80A, conversão para o padrão C, para treino
RF-80C-12 117 F-80B, conversão para o padrão RF-80C, para treino
XF-14 1 YP-80A(44-83024), 1944, protótipo de reconhecimento, ais tarde redesignado XFP-80

Utilizadores

 Brasil
 Chile
 Colômbia
F-80C Peruano exposto em Lima
Equador
 Peru
 Estados Unidos
Uruguai

Bibliografia

Ver também

Modelos Derivados

Referências

  1. «Museu Nacional da USAF». Consultado em 21 de junho de 2010. Arquivado do original em 19 de abril de 2013 
  2. «Lookheed P-80 / F-80 Shooting Star» (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2010 
  3. [1] Museu Nacional da USAF/"Airpower in the Korean War: America's First Jet-Age Air War"
  4. [2] Air Force Historical Research Agency -United States Air Force Operations in the Korean Conflict, 1 November 1950-30 June 1952 by Robert F. Futrell (1955). 296 pages.
  5. a b [3] The Official Web Site of Air Force Historical Research Agency
  6. [4] Ed Evanhoe Life Member: Special Forces and Special Operations Associations
  7. [5] Delaware Valley Historical Aircraft Association
  8. [6] The Museum of Flight
  9. a b c d e f g h [7] US Warplanes.net
  10. a b c d e f [8], Centro de pesquisas estratégicas - Universidade Federal de Juiz de Fora
  11. [9] Military Factory