Luc Montagnier | |
---|---|
Luc Montagnier, em 2008 | |
Conhecido(a) por | Descoberta do HIV |
Nascimento | 18 de agosto de 1932 Chabris |
Morte | 8 de fevereiro de 2022 (89 anos) |
Residência | França |
Nacionalidade | Francês |
Prêmios | Prêmio Körber de Ciência Europeia (1986), Prêmio Scheele (1986), Prêmio Louis-Jeantet de Medicina (1986), Prêmio Japão (1988), Prêmio de Medicina A.H. Heineken (1994), National Inventors Hall of Fame (2004), Nobel de Fisiologia ou Medicina (2008) |
Instituições | Instituto Pasteur, Universidade de Shanghai Jiao Tong |
Campo(s) | Medicina e virologia |
Luc Montagnier (Chabris, 18 de agosto de 1932 – 8 de fevereiro de 2022) foi um virologista e médico francês.
Em 1983, descobriu com a sua equipa, nos laboratórios do Instituto Pasteur, o retrovírus da Síndrome da imunodeficiência adquirida, inicialmente designado LAV, e que em 1986 recebeu o nome de VIH-HIV. A descoberta foi relatada na mesma edição de maio da revista Science na qual Robert Gallo relatou descobrir o "Vírus linfotrópico da célula T humana 3" (HTLV-III). Após quatro anos de disputa, em 1987 eles aceitaram compartilhar o mérito de descobrir o HIV.[1]
Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2008.
Em 2009 fez um experimento diluindo DNA dezoito vezes e captando sinais eletromagnéticos para defender a eficácia da homeopatia.[2] Suas afirmações foram amplamente criticadas pela comunidade científica. Classificado como estudo de baixa qualidade não é capaz de refutar os grandes estudos duplo-cegos revisados e de alta qualidade que deixam clara a ineficácia da homeopatia no tratamento de doenças comuns.[3]
Em 2012, Montaigner foi um dos palestrantes na conferência de um grupo anti-vacinas em Chicago, onde ele promoveu uma nova cura para o autismo baseada em conceitos sem comprovação científica, tendo sido fortemente criticado pelo cientista Steven Salzberg.[4]
Em abril de 2020, Montagnier afirmou que o coronavírus causador da COVID-19, foi fabricado acidentalmente no Instituto de Virologia de Wuhan em uma tentativa de criar uma vacina para a AIDS.[5] As conclusões de Montagnier foram rejeitadas e consideradas apressadas pela comunidade científica, seus argumentos amplamente refutados.[6]
Devido a estas e outras afirmações contrárias à melhor evidência científica, Montagnier é frequentemente citado como um exemplar de caso do fenômeno conhecido como Doença do Nobel.[7][8][9]
Montagnier morreu em 8 de fevereiro de 2022, aos 89 anos de idade.[10]
Luc Montagnier é autor ou coautor de 350 publicações científicas e mais de 750 patentes.[11]
Precedido por Mario Capecchi, Martin Evans e Oliver Smithies |
Nobel de Fisiologia ou Medicina 2008 com Harald zur Hausen e Françoise Barré-Sinoussi |
Sucedido por Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak |