Roger Bastide | |
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Nascimento | Roger Marius César Bastide 1 de abril de 1898 Nîmes |
Morte | 10 de abril de 1974 (76 anos) Maisons-Laffitte |
Cidadania | França, Brasil |
Ocupação | antropólogo, sociólogo, professor universitário, etnologista |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade de São Paulo, Universidade de Paris |
Religião | protestantismo, Candomblé |
Roger Bastide (Nîmes, 1 de abril de 1898 — Maisons-Laffitte, 10 de abril de 1974) foi um sociólogo francês.
Em 1938 veio, com outros professores europeus, à recém-criada Universidade de São Paulo[1] para ocupar a cátedra de sociologia. No Brasil, estudou durante muitos anos as religiões afro-brasileiras, tornando-se um iniciado[2] no candomblé da Bahia. Apesar de ser membro da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo,[3] o sociólogo iniciou-se no Candomblé como filho de Xangô.[4]
Uma de suas obras mais importantes é O Candomblé da Bahia, reeditada em 2001 pela editora Companhia das Letras. Outra obra que merece destaque é As Américas negras: as civilizações africanas no Novo Mundo, editada pela EDUSP em 1974.
Formou-se pela faculdade de Letras de Bordeaux e pela Sorbonne. Antes de fixar-se no Brasil, escreveu Problèmes de la vie mystique (1931) e Éléments de sociologie (1936).[5]
Como membro da "missão francesa" contratada para núcleo do corpo docente da Faculdade de Filosofia de São Paulo, lecionou quase vinte anos no Brasil (1937-1954), onde recebeu o título de "doutor honoris causa" pela Universidade de São Paulo. Foi membro das sociedades de sociologia e psicologia de São Paulo, de antropologia no Rio de Janeiro, de folclore no Rio Grande do Norte, e do Instituto Histórico do Ceará.[5]
Em 1973, Bastide reeditou "Brasil, terra de contrastes". Em seguida, aposentado, trabalhou no Centro de Psiquiatria Social em Paris, fundado por ele. O seu último livro, "Sociologia da desordem mental", utilizou resultados de pesquisas deste Centro.[5] Em 1951, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de São Paulo.[6]
Pelos serviços prestados à cultura brasileira e à cooperação cultural Brasil-França, foi agraciado com a Ordem do Cruzeiro do Sul.[5]