Universidade Federal de Pernambuco | |
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UFPE | |
Lema | Virtus impavida (virtude impávida)[1] |
Fundação | 11 de agosto de 1946 (77 anos) |
Tipo de instituição | Pública |
Mantenedora | Ministério da Educação |
Localização | Recife, Pernambuco, Brasil. |
Funcionários técnico-administrativos | 4 184 [1] |
Reitor(a) | Prof. Alfredo Macedo Gomes[2] |
Vice-reitor(a) | Prof. Moacyr Cunha de Araújo Filho[2] |
Docentes | 2 834 [1] |
Total de estudantes | 43 375 [1] |
Graduação | 30 678 [1] |
Pós-graduação | 12 697 [1] |
Afiliações | CRUB, RENEX |
Orçamento anual | R$ 1 665 299 255,00 (2023)[2] |
Página oficial | www.ufpe.br |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é uma instituição de ensino superior pública federal brasileira, mantida pelo governo federal. Está sediada na cidade do Recife, no estado de Pernambuco.[3]
Em 11 de agosto de 1946, as faculdades de Direito (fundada em 1827), Medicina (1927) e Filosofia - Atual FAFIRE - (1941) se uniram com as escolas de Belas Artes (1932) e de Engenharia (1895) para formar a Universidade do Recife, um dos primeiros centros universitários do Norte e Nordeste do Brasil.[3]
Em 2020, o QS World University Rankings classificou a UFPE na faixa da 9ª à 14ª posição entre as 14 instituições nacionais listadas, sendo a única das regiões Norte e Nordeste. Na América Latina, ocupa posição no intervalo da 49ª à 80ª entre as 80 instituições latino-americanas no ranking. No mundo, a UFPE está no intervalo de 801 a 1000. Segundo ranking do THE Young University Rankings Golden Age 2020, a UFPE e outras cinco universidades nacionais ocupam a faixa de 5ª-10ª posição entre as 20 instituições brasileiras listadas. No mundo, a UFPE está no intervalo de 201 a 250.[4]
A precursora da UFPE pode ser considerada a Faculdade de Direito de Olinda, criada por decreto do imperador Dom Pedro I, sendo assim com a Faculdade de Direito da USP (formada no mesmo dia), as duas mais antigas escolas de direito do país.[5] Posteriormente a faculdade foi transferida para o Recife, mudando sua denominação para Faculdade de Direito do Recife; em 1895 passou a funcionar também a Escola de Engenharia de Pernambuco. Essas duas faculdades/escolas livres, e as de Medicina (1927), Filosofia conhecida atualmente como Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE(1941) e Belas Artes (1932), tornaram-se os cursos base para formação da UFPE.[3]
Assim, em 11 de agosto de 1946, foi formada a Universidade do Recife, um dos primeiros centros universitários do Norte e Nordeste do Brasil.[3]
Em 1948, começa a construção do campus universitário. A discussão sobre a localização da obra foi iniciada um ano antes. Entre os lugares cogitados estavam terrenos nos bairros de Joana Bezerra, Santo Amaro e Ibura, a área da Faculdade de Direito, no centro do Recife; e um loteamento na Várzea, mesmo espaço onde antes funcionou o Engenho do Meio e hoje está a Universidade. Essa escolha ocorreu em razão de existir uma avenida projetada para o local. Também foram consideradas as condições climáticas e a topografia do terreno.[3]
Os recursos usados na aquisição e implantação do campus universitário foram provenientes do governo do estado, que alocou 0,10% dos impostos de vendas e consignações para a edificação do projeto. Os primeiros prédios construídos no campus foram o biotério, espaço destinado à criação de animais, que ficou localizado na área onde atualmente estão o Departamento de Nutrição e o Centro de Ciências da Saúde. A concepção do projeto arquitetônico do campus foi do arquiteto veneziano Mário Russo.[3]
Em 1965 a Universidade do Recife passou a integrar o novo sistema de educação do país com o nome de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), autarquia vinculada ao MEC.[3]
Em 2006, a UFPE iniciou um vigoroso processo de interiorização com a construção simultânea de dois novos campi, um no município de Caruaru, distante 130 km do Recife, e outro no de Vitória de Santo Antão, a 55 km da capital, unidades chamadas, respectivamente, de Centro Acadêmico do Agreste (CAA) e Centro Acadêmico de Vitória (CAV).
Além disso, a construção do futuro da instituição implica em um criterioso planejamento estratégico e uma atenção especial às questões de internacionalização, Nesse sentido a UFPE mobilizou a comunidade para a realização do PEI - 2027 e estruturou uma Diretoria de Relações Internacionais para o atendimento e promoção da mobilidade discente e docente.
Em 2016, a UFPE era formada por uma comunidade de aproximadamente 40.000 estudantes, 3.000 docentes e 5.000 servidores técnico-administrativos. Nesse mesmo ano, celebrou os 70 anos de fundação da Universidade do Recife e os 10 anos de sua interiorização com o lema "UFPE 70 anos, Tempos Transversos", promovendo uma série de eventos para marcar sua bela história de compromisso com Pernambuco e o Brasil por meio do ensino, da pesquisa e da extensão no mais alto nível.
No período de 2005 a 2016, mais de 2.500 vagas foram criadas em cursos de graduação. Neste período, mais de 30 cursos foram implantados, entre eles Cinema, Arqueologia, Museologia, Dança, Sistemas de Informação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Energia e Engenharia Naval. O crescimento é decorrência, principalmente, de dois programas do Ministério da Educação: o de Interiorização do Ensino Superior e o de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Galeria de reitores da UFPE[6]:
Ano | Reitor | Vice-reitor |
ago/1946-ago/1959 | Joaquim Ignacio de Almeida Amazonas[nota 1] | Soriano Neto Edgar Altino |
ago/1959-ago/1964 | João Alfredo Gonçalves da Costa Lima[nota 2] Newton da Silva Maia |
Newton da Silva Maia |
ago/1964-ago/1971 | Murilo Humberto de Barros Guimarães | Jônio Lemos Marcionilo de Barros Lins |
ago/1971-ago/1975 | Marcionilo de Barros Lins | Rômulo Maciel |
set/1975-set/1979 | Paulo Frederico do Rego Maciel | Geraldo Lafayette Bezerra |
dez/1979-nov/1983 | Geraldo Lafayette Bezerra[nota 3] Geraldo Calábria Lapenda |
Geraldo Calábria Lapenda |
nov/1983-nov/1987 | George Browne do Rego | Maria Antônia Amazonas McDowell |
nov/1987-nov/1991 | Edinaldo Gomes Bastos | Éfrem de Aguiar Maranhão |
nov/1991-nov/1995 | Éfrem de Aguiar Maranhão | José Luiz Barreira |
dez/1995-dez/1999
dez/1999-out/2003 |
Mozart Neves Ramos[nota 4] Geraldo José Marques Pereira |
Geraldo José Marques Pereira |
out/2003-out/2007
out/2007-out/2011 |
Amaro Henrique Pessoa Lins | Gilson Edmar Gonçalves e Silva |
out/2011-out/2015 | Anísio Brasileiro de Freitas Dourado | Silvio Romero de Barros Marques |
out/2015-out/2019 | Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos | |
out/2019-out/2023 | Alfredo Macedo Gomes | Moacyr Cunha de Araújo Filho |
A UFPE possui um campus urbano de pesquisa na Cidade Universitária (zona oeste do Recife) com uma área de 149 hectares, oficialmente denominado Campus Universitário Reitor Joaquim Amazonas.[7]
No campus se encontram a Administração Central, nove dos dez centros acadêmicos sediados no Recife, sessenta e sete departamentos, o Colégio de Aplicação, que atende ao ensino fundamental e médio, a Biblioteca Central, dez bibliotecas setoriais, o Núcleo de Tecnologia da Informação, a Editora Universitária, o Núcleo de Educação Física e Desportos, o Núcleo de Hotelaria e Turismo, o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) e o Hospital das Clínicas.
Ali também estão situados o Centro de Convenções e a Concha Acústica. Entre as áreas naturais da UFPE destaca-se o riacho Cavouco, que possui a nascente dentro do campus e sofre com a poluição dos próprios órgãos internos.[8]
No centro do Recife encontram-se o Centro de Ciências Jurídicas (Faculdade de Direito do Recife),[9] que mantém o Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPE, o Núcleo de Práticas Jurídicas, o Núcleo de Educação Continuada, o Núcleo de Rádio e Televisão (Televisão Universitária), o Memorial da Medicina de Pernambuco (MM) e o Centro Cultural Benfica, que abriga o Instituto de Arte Contemporânea (IAC), a Coordenação de Desenvolvimento Cultural (CDC), o Teatro Joaquim Cardoso, a Livraria Benfica o Setor de Acervo e Documentação e os Projetos Especiais. O antigo prédio da Escola de Engenharia e o Departamento Cultural também se localizam no centro.
O Centro Acadêmico do Agreste (CAA) foi o primeiro campus da UFPE no interior de Pernambuco, tendo sido inaugurado em março de 2006, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento social, econômico e cultural do Estado. Inicialmente, o CAA funcionou em instalações do Polo Comercial de Caruaru.[10] Em 2009, o Centro Acadêmico do Agreste teve todas as atividades transferidas para o campus definitivo, situado na BR 104, km 59, S/N Nova Caruaru.
O Centro Acadêmico do Agreste conta com 11 cursos:[11]
O Centro Acadêmico de Vitória, sediado no município de Vitória de Santo Antão, funciona em instalações doadas pela prefeitura, um antigo prédio do ano de 1927, que já abrigou um hospital e uma escola agrotécnica, dividindo-se em três blocos: um bloco administrativo (Tabocas) e dois blocos de ensino (Pirituba e Bela Vista).[12]
O Campus de Vitória conta com 5 cursos.[13]
A UFPE oferece 109 cursos de graduação presenciais regulares: 92 cursos de graduação no campus Recife, 11 em Caruaru e 6 em Vitória de Santo Antão; 5 cursos de graduação a distância: 56 cursos de pós-graduação lato sensu (especializações), 145 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo 75 Mestrados Acadêmicos, 17 Mestrados Profissionais e 53 Doutorados.
Os primeiros cursos de Pós-graduação da UFPE foram criados em 1967. Desde então, houve uma evolução quantitativa e qualitativamente. Inicialmente eram quatro mestrados (Matemática, Bioquímica, Economia e Sociologia). Quase 40% destes recebeu os conceitos 5 e 6 – entre os mais altos da Avaliação Capes.
A UFPE é distribuída em centros, onde estão localizados os departamentos ou núcleos, contando, ainda, com órgãos suplementares para apoio administrativo, cultural e acadêmico. Em extensão territorial, é a maior universidade de Pernambuco.
Segundo o catálogo de grupos de pesquisas publicado em 2017 [29] pelo CNPQ, atualmente a UFPE possui cerca de 899 grupos de pesquisa certificados pelo CNPqOs grupos são distribuídos em 8 grandes áreas de conhecimento:
Além de grupos de pesquisa por área de conhecimento, a UFPE também possui grupos de pesquisa transdisciplinares que reúnem pesquisadores de várias áreas da universidade, como o InCiti que reúne pesquisadores nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Sociologia, Psicologia, Recursos Hídricos, Economia, Políticas Públicas, Botânica, Biologia, Gestão Ambiental, Direito Urbanístico, Ciência da Computação, Estatística, para o desenvolvimento de projetos e pesquisa sobre experiências e a qualidade da vida urbana.[30]
A UFPE editora os seguintes periódicos científicos: