Gustavo Adolfo de Carvalho Baeta Neves (Rio de Janeiro, 19361987), conhecido como Didi, foi um compositor brasileiro[1][2].

Formou-se em Direito e foi procurador da República. Por pressão da família, manteve em segredo sua atividade na escola de samba União da Ilha do Governador, adotando para isso o pseudônimo de Didi. Em 1955, pela primeira vez, a escola desfilou cantando um samba-enredo de sua autoria. Chamou a atenção de Jamelão, que gravou Epopéia do Petróleo, samba defendido pela Ilha em 1956[3].

Já na década de 1970, pediu exoneração do cargo de procurador e passou a trabalhar como corretor de imóveis, ao mesmo tempo que continuava compondo sambas-enredo para a Ilha e o Salgueiro. No total, compôs 22 sambas-enredo[4]. Consagrou-se com O Amanhã (1978), gravado por Simone[5]. Seu maior sucesso, porém, foi É Hoje (1982), regravado por Caetano Veloso e depois por Fernanda Abreu[6]. A própria União da Ilha usaria novamente o samba no seu desfile de 2008[7].

Sofreu um derrame em 1987, ano em que venceu sua última disputa de samba-enredo, com E Por Que Não?, no Salgueiro. Morreu naquele mesmo ano. Em 1991, foi homenageado pela União da Ilha, que desfilou com o enredo De Bar em Bar: Didi, um Poeta.

Principais obras

Referências

  1. Didi, o mito. Galeria do Samba
  2. Samba, enredo, Brasil. Academia Brasileira de Letras
  3. Samas de enredo: União da Ilha do Governador. Saideira, 11 de abril de 2010
  4. Carnaval, samba enredo e o clássico (2008). Emiliano Castro
  5. Carnaval - Século XX. Educação Pública
  6. O enredo do meu samba: emoção na viagem até a Sapucaí. O Globo, 30 de janeiro de 2013
  7. União da Ilha: alegria que atravessa o mar para colorir a Apoteose. O Globo, 30 de janeiro de 2015