Lynn Margulis | |
---|---|
Nascimento | 5 de março de 1938 Chicago, Illinois |
Morte | 22 de novembro de 2011 (73 anos) Amherst, Massachusetts |
Nacionalidade | Estadunidense |
Cônjuge | Carl Sagan (m. 1957–65, divorciada) Thomas Margulis (m. 1967–80, divorciada) |
Alma mater | Universidade de Chicago University of Wisconsin-Madison, Universidade da Califórnia em Berkeley |
Prêmios | Medalha Nacional de Ciências (1999), Medalha Darwin-Wallace (2008) |
Orientador(es)(as) | Max Alfert |
Instituições | Brandeis University Boston University University of Massachusetts Amherst |
Campo(s) | Biologia |
Tese | An Unusual Pattern of Thymidine Incorporation in Euglena (1965) |
Lynn Margulis, nascida Lynn Alexander (Chicago, 5 de março de 1938 – Massachusetts, 22 de novembro de 2011[1]), foi uma bióloga e professora na Universidade de Massachusetts. Seu trabalho científico mais importante foi a teoria da endossimbiose, segundo a qual a mitocôndria teria surgido por endossimbiose. A mitocôndria seria um organismo separado que teria entrado em simbiose com células eucarióticas.
Foi casada com Carl Sagan e com ele teve dois filhos, Jeremy Sagan e Dorion Sagan, jornalista e escritor especializado em divulgação científica.
Foi a principal defensora moderna do significado da simbiose na evolução. O historiador Jan Sapp disse que "o nome de Lynn Margulis é tão sinônimo de simbiose quanto o de Charles Darwin é com a evolução". Em particular, Margulis transformou e fundamentalmente moldou o entendimento atual da evolução das células com núcleos - um evento que Ernst Mayr chamou "talvez o evento mais importante e dramático da história da vida" - ao propor que foi o resultado de fusões simbióticas de bactérias. Margulis também foi a co-desenvolvedora da hipótese de Gaia com o químico britânico James Lovelock, propondo que a Terra funcionasse como um sistema único de autorregulação, e foi a principal defensora e promotora da classificação dos cinco reinos de Robert Whittaker.
Muito menos aceitação do meio científico tem a hipótese de Gaia, com que Margulis começou a trabalhar no ano de 1972. A hipótese de Gaia foi apresentada por James E. Lovelock, químico inglês e inventor. Gaia é uma deusa, a Mãe terra grega. Na sua hipótese, Lovelock sustentava que a Terra funciona como um organismo vivo e Margulis especificou que a Biota terrestre – o agregado de toda a matéria viva do planeta – é habilitada para o crescimento e tem um metabolismo e uma interação química apropriada à manutenção da temperatura do planeta e da composição atmosférica nos níveis desejáveis para a eclosão e a existência da vida na Terra. Apesar de haver muita controvérsia sobre alguns aspectos da teoria, seus elementos essenciais — a existência de uma influência mútua entre seres vivos e ambiente, e a capacidade de os seres modificarem o ambiente em alguma medida para que sua sobrevivência seja assegurada — se tornaram parte do cânone científico contemporâneo.[2][3][4][5]
Nasceu em Chicago em 5 de março de 1938, filha de Morris e Leone Alexander. Ingressou na Universidade de Chicago com apenas 15 anos. Aí conheceu Carl Sagan, então doutorando em física. Casaram quando Lynn tinha 19 anos. Recebe o bacharelado em Liberal Arts.[6] Do casamento com Carl Sagan teve dois filhos, Dorion Sagan (com quem co-escreveu vários livros) e Jeremy Sagan. Do seu segundo casamento com o cristalógrafo Thomas N. Margulis teve dois filhos, Zachary Margulis-Ohnunma e Jennifer Margulis di Properzio.
Lynn faleceu em 22 de novembro de 2011, em sua casa em Amherst, Massachusetts, cinco dias depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico.[7] Seu corpo foi cremado e suas cinzas espalhadas nos campos ao redor de sua casa.[8]